O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, comemorou nesta terça-feira a escolha de Luiz Edson Fachin para o tribunal. “O Supremo Tribunal Federal recebe com grande satisfação a indicação do professor Edson Fachin. Ele é catedrático em direito civil pela universidade do Paraná, foi um dos pioneiros da constitucionalização do direito privado no Brasil. Mestre acadêmico representante a classe da advocacia. Nós precisávamos de alguém da advocacia, com visão própria dos advogados, que enfrentaram o outro lado do balcão. Penso que é um dos melhores nomes que o governo tinha a oferecer à sociedade e ao Parlamento. Tenho certeza de que, depois de aprovado, ele prestará um grande serviço. É um homem preparado, experiente, já atuou na esfera pública e privada. Vemos esse nome com muita satisfação. O Judiciário estará engradecido com esta indicação”, declarou.

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Questionado sobre o novo colega ter pedido voto para a presidente Dilma na campanha de 2010, ele afirmou desconhecer o fato e não quis comentar. Luís Roberto Barroso também elogiou o novo ministro. “Uma escolha extremamente feliz. Um jurista de primeira linha. Bom jurista, bom caráter e certamente será um bom juiz. Acho que é uma felicidade para o Supremo e para o país tê-lo aqui. Eu cumprimento a presidente Dilma pela escolha feliz e torço para que o Senado seja leve”.

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Barroso criticou a demora da indicação, mas disse que entende os motivos da presidente. “Demorou demais, o país viveu circunstâncias complexas. Desde o processo eleitoral, que não foi banal, até o ministro do governo, com todas as circunstâncias que estamos vendo. É claro que eu preferiria que tivesse sido mais rápido, mas eu sou capaz de entender as circunstâncias que ocasionaram essa demanda”, afirmou.

Barroso disse que a sabatina pela qual foi submetido no Senado foi dura, mas enriquecedora. “Eu acho que o Legislativo é um ator nessa escolha. Um ator importante. No meu caso, a minha sabatina foi uma sabatina dura, extremamente valiosa, longa e enriquecedora. Eu gostei muito de ter ido”.

O ministro Marco Aurélio Mello voltou a criticar a demora da indicação. “Eu já tive a oportunidade de dizer que é menoscabo institucional. É não perceber o sistema brasileiro. Se, para se indicar um candidato a uma cadeira do Supremo se demora 257 dias, o que nós podemos imaginar quanto à administração pública em geral?”, questionou.

Marco Aurélio elogiou, no entanto, a nomeação de Fachin para o STF. “É um grande nome e que irá somar no Supremo. A contribuição é a contribuição de trajetória. Uma trajetória de êxito, uma vida acadêmica exemplar. Ele chegará ao Supremo já talhado”.