Os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social) e Jacques Wagner (Defesa)se reuniram com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um almoço no Instituto do petista nesta sexta-feira e aproveitaram a ocasião para negar os rumores de que o vice-presidente Michel Temer vá deixar a articulação política do governo federal.
A crise política contada em 10 charges de Paixão
Leia a matéria completa“Ontem ele (Temer) teve uma excelente conversa com a presidente, eu participei. Não há procedência nessa informação”, afirmou Mercadante, ao chegar ao encontro, na zona Sul de São Paulo.
A reunião entre Temer e Dilma aconteceu um dia depois de Temer te dito que “alguém” precisava unificar o país. A frase acabou interpretada por oposicionistas e petistas como um sinal de que o vice estaria se colocando como sucessor imediato da presidente. Edinho Silva abafou a confusão e fez elogios ao vice:
“O Temer não vai sair. Ele é fundamental para o governo, é um quadro muito preparado e tem todas as condições de ajudar na governabilidade, de ajudar a construir maioria no Congresso Nacional”, disse.
Jacques Wagner também rechaçou a interpretação de que Temer estaria se colocando acima da presidente ou preparando o terreno para sucedê-la:
‘São infundados os boatos de que deixei a articulação política’, diz Temer
“Tenho responsabilidades com meu país e com a presidente Dilma”, escreveu o vice-presidente
Leia a matéria completa“As pessoas não vão achar no Michel (Temer) nenhuma ponte, nenhuma tábua de que precisamos de novas eleições. O que eles estão falando, de golpe? Impeachment existe, mas não foi criado para ser ferramenta ou objetivo político de qualquer grupo político”, disse o ministro.
Wagner qualificou como “boato” a informação de que está em curso uma reforma ministerial e defendeu o partido e o governo:
“Digam o que quiserem, o saldo nosso é extremamente positivo. Ninguém nega que temos problemas. Não quero absolutizar, mas não aceito que nos zerem”, disse ele, que afirmou sobre a eventual reforma ministerial: — Só tem uma pessoa que pode fazer, que é Dilma, e até hoje não ouvi dela essa disposição.
Wagner disse ainda que o governo está tentando “rearrumar” a relação com o Congresso.
“Tem aquele ditado de que em casa que falta pão todo mundo grita e ninguém tem razão. A vida da gente é comandada pela economia, o nosso humor, a própria política. Todo mundo prefere estar do lado de um governo com 70% de popularidade e não 7% ou 8%. Mas quem está na vida pública não pode estar pronto só para o aplauso.”
O ministro da Comunicação, Edinho Silva, também descartou a reforma, dizendo que o assunto não está em pauta e que não há qualquer previsão de que Lula assuma um ministério:
“Não, o presidente ajuda o governo, mesmo fora do governo ele ajuda, como tem ajudado até agora.”
Impeachment
Os petistas descartaram ainda a possibilidade de abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff ou o movimento feito por alas do PSDB para a realização de novas eleições.
“Tivemos uma eleição, a presidente foi eleita, não há nenhum motivo para realizar novas eleições nem para impeachment. Todas essas coisas são insinuações com caráter antidemocrático e golpista. Nós demoramos tanto para chegar aqui na democracia, para construir, agora uns oportunistas, que só pensam em projetos pessoais tentam interromper o processo democrático”, disse o presidente do PT, Rui Falcão.
De acordo com Jacques Wagner, não haveria sustentação para o impedimento da presidente:
“Não tem nada efetivamente de ilegalidade, que sustente um impedimento. Impedimento não pode ser político”, disse ele, que afirmou confiar nos ministro do Tribunal de Contas da União, que analisam as contas da gestão de Dilma: “As contas de Dilma estão respaldadas na jurisprudência do Tribunal de Contas, na normatização do Banco Central. Se houver mudança de regra ou norma, que mude para contas futuras. Não acredito em análise política do TCU.”
Programa de TV
Questionado sobre o programa do PT apresentado na TV na noite de quinta-feira e recebido por um panelaço em diversas cidades, o presidente do partido defendeu o teor da peça:
“Falamos de coisa que é histórica e tem certo grau de obviedade. Quando você soma dificuldades econômicas à instabilidade política, crise, o país todo sai perdendo. Alertamos para isso”, disse Falcão.
Segundo ele, o PT não tratou do tema da corrupção no programa porque considerou desnecessário.
“O partido que mais tem combatido a corrupção, os governos que mais combateram a corrupção foram do PT. Não adianta ficar toda hora repetindo isso para vocês, principalmente na televisão.”
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