A jornalista Mirian Dutra, que foi amante do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, afirmou nesta sexta-feira (8) que “não se lembra” se assinou ou não um contrato com a empresa Brasif.

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“Eu tinha um contrato com a TV Globo, e esse contrato era de exclusividade. Não conheço, nunca tive contrato com outra empresa”, disse, em entrevista ao programa “Mariana Godoy”, da RedeTV!. “Se houve esse contrato [com a Brasif], eu sinceramente não me lembro.”

A jornalista negou que tenha apresentado versões diferentes sobre o caso na entrevista à Folha de S.Paulo e no depoimento que deu à Polícia Federal nesta quinta (7).

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“Não existem versões diferentes, existem esclarecimentos. Eu esclareci todas as coisas que o delegado me perguntou, com toda a tranquilidade”, afirmou.

“Eu não me lembro exatamente como as remessas eram feitas, minha única preocupação era que chegasse o dinheiro para pagar o colégio [dos filhos]”, completou. “A gente [Fernando Henrique e ela] tinha uma pessoa de confiança que fazia esse contato”.

Quando perguntada se é possível que essa pessoa tenha pedido a ela para assinar o contrato sem seu conhecimento, Mirian respondeu que “um montão de coisas pode ter acontecido, e eu não me lembro”.

Em nota divulgada na noite de quinta, os advogados da jornalista afirmam que os pagamentos de Fernando Henrique para custear os estudos de Tomas, filho de Mirian, eram feitos na conta bancária dela; hoje, o destino é a conta do garoto.

Ela ainda relativizou a importância do caso -investigado pela Polícia Federal por suspeita de evasão de divisas. “O Brasil está com tanta dificuldade, está o samba do crioulo doido, e estão preocupados com a Mirian Dutra? Eu estou procurando emprego!”, disse.

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“O interesse das pessoas parece ser ‘Se a lambança começou, vamos fazer uma lambança total’. Qualquer coisa que ele [Fernando Henrique] possa ter feito, já prescreveu.”

A jornalista também se isentou de maiores responsabilidades. “O problema [de eventual evasão de divisas] é dele, não é meu”, disse. “Ele mandava o dinheiro, o dinheiro que eu recebia pagava religiosamente o colégio.”