"Eu não tenho nenhum plano nesse momento em relação às minhas perspectivas futuras. Importante é eu estar feliz, fazendo o que eu gosto. No Ministério Público, nada me deixaria infeliz. Só que estou feliz como secretário."
Luiz Fernando Delazari, o feliz ex-promotor do MP e secretário estadual da Segurança, respondendo sobre o que vai fazer depois que o governo Roberto Requião acabar, em 2010, já que pediu a exoneração do emprego vitalício no Ministério Público.
Missão Depois de quase uma semana de indefinição frente à Secretaria de Segurança, Delazari rompeu um silêncio de 8 meses sobre sua condição de secretário sub-júdice e convocou ontem uma entrevista coletiva. Disse que preferiu ficar no governo para ganhar R$ 11,9 mil mensais em vez de permanecer no MP, onda ganhava R$ 19 mil, porque tem uma missão na área de segurança ainda não concluída. "Como promotor eu enfrentava muitos desafios como o crime organizado e os crimes do colarinho branco. Eu acho que na Secretaria de Segurança eu posso fazer isso com maior competência e com maior poder."
Críticas Delazari criticou ainda a interpretação da Constituição Federal que não permite a um promotor exercer outra atividade dentro do Estado. "Acho que isso, a médio prazo, vai custar muito ao Ministério Público. O MP, exercendo outras funções, executava políticas públicas. Era uma execução objetiva e direta. Agora, estamos perdendo esse espaço." Foi com base nessa interpretação que o Supremo Tribunal Federal determinou que ele, como promotor, deixasse a Secretaria de Segurança. Preferiu deixar a carreira de promotor.
Multa Valdir Raupp (PMDB-RO) é o relator do projeto de resolução do Senado que extingue a multa mensal de R$ 5 milhões aplicada pela União ao Paraná pelo não-cumprimento de contrato de compra de títulos "podres" junto ao Itaú. Ele foi escolhido ontem pelo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Aloízio Mercadante (PT-SP).
Prazo Raupp tem 15 dias para fazer um relatório sobre a proposta e levá-lo para votação entre os 27 membros da CAE. Se aprovado, o projeto vai para a apreciação do plenário do Senado. Por tratar-se de uma resolução, não é necessária sanção presidencial. Há a expectativa de que Raupp possa apresentar o parecer na próxima sessão da comissão, marcada para a terça-feira da semana que vem.
Opinião Raupp não quis comentar o projeto ontem por falta de conhecimento do assunto. Ele levou o material para ler à noite, em casa, e prometeu se manifestar hoje pela manhã. O autor da proposta é colega de partido de Raupp, o líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR). Apesar de ambos garantirem que não medem esforços para aprovar o pleito do governo estadual, três notas produzidas pela assessoria legislativa do Senado questionam a constitucionalidade do projeto.
Barrou O deputado estadual Fábio Camargo (PTB) ficou revoltado ao saber que seu pedido para que a Assembléia realizasse uma sessão solene em homenagem à OAB, na próxima terça-feira, foi indeferido pela Mesa Executiva. Segundo Camargo, a presidência da Casa não quis aceitar a sessão porque a OAB colocou-se contra a previdência especial dos deputados, aprovada no mês passado. A Ordem dos Advogados do Brasil inclusive anunciou que vai entrar na Justiça para barrar a aposentadoria complementar dos parlamentares. A sessão iria comemorar o Dia do Advogado, a ser celebrado no próximo domingo.
Carro O Ministério Público do Paraná ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito e a primeira-dama da cidade de Tupãssi, Valdecir Acco e Elizeth Maria Zecchin Acco. O MP questiona o uso de um veículo do município uma caminhonete Blazer Advantage pela mulher do prefeito. O fato ficou público quando Elizeth envolveu-se em um acidente com o veículo, na PR-581. Como o carro tinha seguro, apenas R$ 2.355 de franquia foi gasto para consertá-lo. Porém, apesar da primeira-dama ter sido a responsável pelo acidente, quem pagou o prejuízo foi o Tesouro Municipal.
Pinga-fogo
Começou a tramitar na Assembléia Legislativa o projeto que cria a lei do Turismo Religioso, um calendário especial no Paraná para estimular o turismo em municípios que oferecem atrativos sagrados, como monumentos, festas religiosas ou construções. "Este é o setor que mais cresce dentro da indústria turística no Brasil, depois dos negócios, e tem a qualidade de nunca ser afetado por crises econômicas", diz o autor do projeto, Douglas Fabrício (PPS). Os deputados Edson Praczyk (PRB), Luiz Malucelli (PSDB) e Rosane Ferreira (PV) marcaram para o dia 21, às 9h30, a audiência pública sobre o destino do "lixo tecnológico" do Paraná. Estão sendo convidados fabricantes de equipamentos de informática e autoridades do meio ambiente. "Computadores, televisões, celulares, pilhas e baterias têm componentes tóxicos, como bário e mercúrio, que prejudicam o meio ambiente", explica Malucelli.