As curvas da morena Mônica Veloso começaram a estremecer o Congresso poucas horas depois de a edição de outubro da revista "Playboy" chegar às bancas nesta terça-feira (9).
No Parlamento, a curiosidade para ver a "intimidade" revelada da mulher que teve um affair com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é grande. Na única banca, localizada na entrada da Câmara e do Senado, em cerca de quatro horas, 40 edições foram vendidas.
A banca do Congresso recebeu cem exemplares da edição de outubro às 9h50 da manhã desta terça. A partir daí, a banca de jornal teve poucos momentos de tranqüilidade. O funcionário da banca José Erinaldo, 33, afirma que a revista desperta "muita curiosidade" dos compradores. "Estamos vendendo bem por causa de toda a polêmica em torno do Renan Calheiros", disse Erinaldo. Perfil dos leitores
O perfil dos interessados? Os mais diversos: seguranças do Congresso, assessores parlamentares, servidores da Câmara, jornalistas, homens e mulheres. "Eu quero ver se valeu a pena todo o sufoco que o Renan está passado", comentou um funcionário terceirizado do Senado, que pediu anonimato.
Outro servidor da Câmara disse que comprou a "Playboy' porque faz coleção. "Para mim ela é só mais uma [mulher da capa]", disse o funcionário.
Como a banca fica na chapelaria do Congresso, local bastante movimentado onde deputados e senadores embarcam e desembarcam, parlamentares ficavam comentando a edição do outro lado da rua. Em frente à banca, ficavam comedidos. Alguns olhavam, faziam comentários, mas nenhum saiu com as fotos de Mônica Veloso debaixo do braço.
O deputado alagoano, conterrâneo de Renan, Maurício Quintella Lessa (PR-AL), chegou à banca perguntando se a "Playboy" já estava disponível. Analisou a capa da revista, mostrou interesse, mas não levou. Disse que pretende comprar, mas em outro momento e com mais privacidade.
O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), disse que não vai comprar o exemplar. "Não vou compra-lá. Se alguém me emprestar, vou lê-la e vou vê-la", disse o lacônico aliado de Renan Calheiros.
Apesar de a banca ter vendido dez revistas por hora, o funcionário da banca acredita que o sucesso das curvas de Mônica Veloso ficará restrito à Brasília. "A gente vende bastante porque está em frente à Câmara e ao Senado", disse José Erinaldo.
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