Os moradores das comunidades da Rocinha e do Vidigal, na zona sul do Rio, devem receber, até 2006, o título de propriedade das casas onde moram. As duas favelas estão entre as primeiras, no Rio, a serem beneficiadas pelo programa "Papel Passado", do governo federal, que prevê a regularização dos imóveis de moradores de baixa renda em todo o país. Segundo os últimos dados do censo de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Rocinha reúne 16.731 domicílios e o Vidigal, 2.757.
De acordo com o ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida, a primeira providência para regularizar os imóveis é fazer o levantamento topográfico das duas comunidades com tecnologia de localização e posicionamento via satélite (GPS, sigla da expressão em inglês Global Positioning System), que permite identificar objetos, pessoas e lugares em qualquer parte do mundo. Depois do estudo topográfico, será feito um cadastramento dos moradores; somente os que construíram as casas receberão as certidões dos cartórios. Além da escritura do imóvel, explicou o ministro, as comunidades serão incluídas no projeto "Visual Legal", que prevê obras de urbanização e pintura das residências com o financiamento do Banco do Povo.
No domingo, Márcio Fortes visitou a favela do Vidigal, localizada em São Conrado, e elogiou as condições de calçamento das ruas e as melhorias no saneamento urbano do local. O ministro participa, no Rio, do fórum "A Força do Estado do Rio de Janeiro", promovido pela Câmara de Comércio Americana, na sede do Jockey Clube Brasileiro, no centro da cidade. O encontro reúne empresários e representantes dos governos federal, estadual e municipal para discutir políticas e metas de ordenação das regiões metropolitanas e perspectivas de produção no estado.
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