Investigadores da Polícia Civil estiveram, na manhã desta quarta-feira (26), no Jardim Paraná, na Zona Norte de São Paulo, onde viviam os irmãos Francisco Ferreira Oliveira Neto, de 14 anos, e Josenildo José Oliveira, de 13 anos. Os policiais mostraram para moradores o retrato falado do suspeito de assassinar os adolescentes, cujos corpos foram encontrados na terça-feira (25). O retrato do suspeito ainda não foi divulgado para imprensa.
No bairro, um homem de meia idade e um adolescente afirmaram aos policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) reconhecer o homem representado no desenho. O retrato falado foi elaborado a partir do testemunho de três adolescentes que estiveram na mata no sábado - mesmo dia do sumiço dos irmãos - e afirmam terem sido atacados pelo suspeito, mas conseguiram fugir.
Segundo afirmam os dois moradores ouvidos pelos policiais, o suspeito também estava no meio da mata na segunda-feira (24), à tarde, em local próximo de onde os garotos foram encontrados mortos.
O homem e o adolescente afirmam que estiveram no local após sair do Jardim Paraná por volta das 13h30 de segunda e andar cerca de uma hora mata adentro. Foi quando viram um homem negro, com uma cicatriz no rosto e a cabeça raspada escondido atrás de uma pedra. Segundo o relato das testemunhas, o suspeito se deparou primeiro com o adolescente, mas quando viu que ele estava acompanhado, afastou-se rapidamente.
"Quando ele olhou para trás deu pra ver que ele tinha uma cicatriz no lado esquerdo da face", disse o homem de meia-idade. "A gente estava quase perto, se tivesse descido um pouco, tínhamos achado os corpos", afirmou. O adolescente contou ainda aos policiais um apelido do suspeito, reafirmando a tese de que ele é conhecido na região.
Moradores desconfiam que ele ainda possa estar escondido dentro da mata. Eles afirmam que, se ele for encontrado, será "torturado e morto". Segundo relato de moradores, o suspeito é um ex-presidiário que chegou a cumprir 10 anos de pena.
Fotografia reconhecida
Segundo os policiais que acompanham as investigações, os moradores que afirmam identificar o suspeito no retrato falado são encaminhadas à delegacia do bairro para ver se também o identificam em fotos. Os policiais afirmaram que o reconhecimento tem sido confirmado também com a fotografia do banco de dados da polícia.
Oficialmente, o retrato falado do suspeito de ser o assassino das crianças ainda não foi divulgado. Na noite de terça-feira (25), o delegado assistente de Divisão de Homicídios da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Raul Machado Tilcher, que investiga o caso, disse que outros três jovens que teriam sido pegos anteriormente pelo criminoso ajudaram a polícia a fazer o retrato falado.
A polícia trabalha com a hipótese de ser um único criminoso. Ele seria negro, teria a cabeça raspada e com uma cicatriz e altura de cerca de 1,70m. Segundo o delegado, ainda não está comprovado se os dois irmãos sofreram crime sexual.
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