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Ex-presidente Lula teria dado o aval para  que o que o grupo Schahin conseguisse um contrato para operar o navio-sonda. | Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
Ex-presidente Lula teria dado o aval para que o que o grupo Schahin conseguisse um contrato para operar o navio-sonda.| Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

O juiz Sergio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato na Justiça do Paraná, homologou nesta terça-feira (17) o acordo de delação premiada de um dos acionistas do grupo Schahin, o executivo Salim Schahin, 75 anos. No acordo, segundo a reportagem apurou, Salim foi condenado a pagar uma multa de cerca de R$ 1,5 milhão e não terá que usar tornozeleira eletrônica.

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Salim assinou, na semana passada, um acordo de colaboração com a força-tarefa de Curitiba. Em depoimento aos procuradores, ele relatou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dado aval para que o grupo conseguisse um contrato para operar o navio-sonda Vitória 10.000 com Petrobras, de US$ 1,6 bilhão. Segundo o acionista, o contrato foi uma compensação em troca do perdão de uma dívida que o PT tinha com o banco Schahin.

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O empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, foi quem mencionou o apoio de Lula a executivos do grupo durante as negociações para livrar o PT da dívida, segundo o depoimento de Salim Schahin. A dívida era decorrente de um empréstimo pego em nome do próprio Bumlai, em 2004, mas direcionado ao PT, no valor de R$ 12 milhões.

Salim Schahin era o acionista responsável pelo Banco Schahin enquanto o irmão Milton, o outro controlador das empresas do grupo, responde pela área de engenharia e petróleo. Em 2011 o controle do banco foi transferido para o BMG. O Grupo Schahin apresentou à Justiça apresentou em maio um pedido de recuperação judicial.

Procurado pela reportagem, o advogado Rogério Taffarello, que defende Salim Schahin, disse que não comentará o acordo.

O Instituto Lula tinha informado à Folha de S.Paulo na segunda-feira (16) que não se pronunciaria sobre a citação do ex-presidente no depoimento de Salim Schahin aos procuradores. Por meio de sua assessoria de imprensa, o instituto afirmou que “não comenta supostos documentos ou vazamentos dos quais não tem conhecimento e nem a certeza de que existem”.

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