O juiz Sergio Moro determinou o bloqueio de até R$ 20 milhões nas contas do advogado Rodrigo Tacla Duran e de suas três empresas - TWC Participações, Econocell do Brasil e Tacla Duran Sociedade de Advogados. Duran foi mencionado pela primeira vez por Ricardo Pessoa, da UTC, e os investigadores da Operação Lava Jato acreditam que ele serviu como elo entre corruptos e corruptores de diversas empresas, como Odebrecht, Mendes Junior e UTC. Além das empreiteiras, também concessionárias de serviços públicos depositaram ao advogado, entre elas a Econorte, concessionária de rodovias, e a TPI Triunfo e Participações, que é sócia da UTC na concessão do aeroporto de Viracopos.
36.ª fase da Lava Jato mira operadores financeiros do esquema de corrupção
Leia a matéria completaMoro havia pedido a prisão preventiva de Duran em julho passado, mas a força-tarefa da Lava Jato descobriu que ele havia deixado o Brasil em abril, num voo para Miami, e não retornou. Em setembro passado, Moro decretou a prisão preventiva para fins de extradição e a inclusão do nome do advogado na difusão vermelha oculta da Interpol. Se for preso, ele deverá ser extraditado a pedido da Justiça brasileira.
O juiz afirma que o período em que ele deixou o Brasil coincide com o aprofundamento das investigações da Lava Jato no setor de Operações Estruturadas da Odebrecht - que ficou conhecido como o departamento de propinas. Segundo o Ministério Público Federal, ele era dono de diversas offshores e prestou serviços à Odebrecht.
Segundo o empresário Ricardo Pessoa, a UTC fechou contratos fraudulentos com as empresas de Duran. Os valores dos serviços contratados teriam sido repassados a essas empresasl, que sacavam os valores em espécie e devolviam à UTC. Os serviços contratados não teriam sido prestados ou teriam sido superfaturados. Por meio deste mecanismo, Duran teria providenciado cerca de R$ 35 milhões em espécie para a UTC Engenharia.
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