O juiz federal Sérgio Moro autorizou a empresa Odebrecht a acessar parte dos documentos apreendidos na 14ª fase da Operação Lava Jato. Quando os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da empresa em São Paulo, no dia 19 de junho, arquivos considerados de sigilo profissional foram levados pela Polícia Federal. Por enquanto, a polícia não tinha investigado o conteúdo desses arquivos.
Na decisão de Moro, consta que e-mails da empresa com mensagens dos advogados e gestores Maria Pinto Lima Pacheco, Eduardo Oliveira Gedeon e Guilherme Pacheco de Brito seriam analisados na investigação. As atividades dos três citados estão sob investigação da operação. No entanto, antes de analisar esse material a empresa vai poder fazer uma triagem nos arquivos apreendidos.
A Odebrecht vai agendar com oficiais da Polícia Federal um horário para definir o que vai ser analisado na operação. A empresa terá 72 horas para indicar e justificar quais e-mails devem ser excluídos da investigação.
A empresa é acusada de participar de um esquema criminoso de cartel, pagamento de propinas em contratos da Petrobras e fraudes em licitações. A Odebrecht informou que não vai comentar a decisão.
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