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Ilson Escóssia da Veiga, advogado e fraudador da Previdência, morreu no hospital Rocha Faria, na quarta-feira, por volta das 20h20, após ser transferido do Hospital Penitenciário Flavio Soares Maciel, no Complexo de Bangu, na segunda-feira, com uma inflamação no intestino. A causa morte será divulgada por um laudo do Instituto Médico Legal (IML) nos próximos dias. Ele será enterrado no cemitério do Caju.

Escóssia, de 67 anos, era integrante da quadrilha responsável por um rombo nos cofres da Previdência, juntamente com o ex-juiz Nestor Santos e a advogada Jorgina de Freitas, condenada como a maior fraudadora da Previdência no país.

O advogado cumpria pena de 25 anos, no Conjunto Penitenciário de Bangu. Ele foi condenado por peculato, desvio de dinheiro público, remessa ilegal de dinheiro para o exterior e formação de quadrilha.

A quadrilha desviou R$ 500 milhões entre 1990 e 1991. O governo conseguiu reaver cerca de R$ 18 milhões com a venda de 36 imóveis e num leilão de 522 quilos de ouro. Na Suíça, o governo recuperou R$ 4,3 milhões desviados pelo ex-juiz Nestor Santos.

Todos foram julgados em 1992 e, em sua maioria, condenados a 14 anos de prisão por formação de quadrilha e peculato. Jorgina, antes da sentença, fugiu para o exterior e foi descoberta somente em 1997, na Costa Rica. Naquele país na América Central, a advogada conheceu os rigores de uma cela comum, nos dias em que passou na Penitenciária Bom Pastor. Tentou aliciar presas para serví-la, mas foi proibida pelas autoridades.

Jorgina, que foi condenada a 23 anos de prisão por peculato e formação de quadrilha, ficou presa em cela especial, na sede da Companhia de Policiamento de Trânsito no Rio, durante mais de três anos. Transferida para a Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, ela criou e preside uma associação que pretende defender os interesses de presidiárias.

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