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O ex-governador do Rio de Janeiro Marcello Alencar (PSDB) morreu na madrugada desta terça-feira,10, aos 88 anos. Prefeito do Rio por duas vezes, Marcello faleceu em casa, em São Conrado, na zona sul da cidade, por volta das 4h15. O velório, segundo nota divulgada pelo PSDB-RJ, será amanhã, a partir das 9h, no Palácio da Cidade, em Botafogo.

Um dos oito senadores cassados pelo regime militar após o Ato Institucional nº 5 (AI-5), Marcello foi advogado do líder estudantil Vladimir Palmeira nos anos 60 e, depois da anistia, voltou à política, pelo PDT fundado por Leonel Brizola.

Foi prefeito do Rio em duas oportunidades: na primeira metade dos anos 80, quando Leonel Brizola era governador e o nomeou prefeito quando não havia eleição direta para o poder executivo municipal nas capitais; e a segunda, eleito pelo voto direto, em 1988. Depois de romper com Brizola em 1992, Marcello foi para o PSDB, partido pelo qual se elegeu governador em 1994.

Depois de não conseguir eleger o sucessor em 1998, não disputou mais cargos públicos, embora por muito tempo fizesse política nos bastidores. Em nota, o PSDB-RJ lamentou a morte de um de seus "mais ilustres representantes". O ex-governador tinha tido dois acidentes vasculares cerebrais e vivia havia alguns anos com acompanhamento médico.

O presidente do PSDB no Estado do Rio, deputado estadual Luiz Paulo, que foi vice-governador de Marcello entre 1995 e 1998, lamentou a morte do amigo. "Para todos nós, ele foi um ícone. Liderou o PSDB do Rio durante décadas, é uma referência. Ele ajudou a construir o processo de recuperação do Rio e deixa um legado imenso, tanto na área política quanto pessoal".

Presidente do PSDB na capital fluminense, o deputado federal Otávio Leite publicou nas redes sociais: "Faleceu nesta madrugada Marcello Alencar. Meu amigo, professor, e minha referência política. Sua história será digna de importantes registros. Saudades".

Em 23 de agosto, Marcello completaria 89 anos.

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