Morreu no início da noite deste sábado o ex-ministro da Previdência Social e ex-vice-governador do estado da Guanabara Raphael de Almeida Magalhães. Aos 80 anos, ele sofreu um mal súbito e faleceu em casa, no Alto da Boa Vista, no Rio. Advogado especializado em direito societário, Almeida Magalhães também foi deputado federal. Seu corpo está sendo velado no Memorial do Carmo, no Caju, até as 17h deste domingo. O corpo do ex-ministro será cremado na segunda-feira, em horário não divulgado. Ele deixa mulher, filha e duas netas.
Raphael de Almeida Magalhães era filho do também advogado e jornalista Dario de Almeida Magalhães - um dos três autores e 92 signatários do Manifesto dos Mineiros, documento de 1943 contra a ditadura do Estado Novo e em defesa da redemocratização do país; ex-diretor do jornal "O Estado de Minas" e dos Diários Associados e ex-deputado constituinte em 1934 -, que morreu em 2007. Membro da chamada "turma do poire", como era conhecido o grupo de amigos íntimos do ex-deputado Ulysses Guimarães, Almeida Magalhães foi ministro da Previdência de José Sarney, comandando a pasta entre1986 e 1987, quando criou o projeto Recriança, que chegou a atender cem mil crianças em todo o Brasil, envolvendo também pais e líderes comunitários.
Mas foi no estado do Rio de Janeiro, e no antigo estado da Guanabara, que Raphael de Almeida Magalhães desenvolveu quase toda sua história política. Foi vice-governador de Carlos Lacerda (de quem também foi chefe de gabinete), na Guanabara, nos anos 60. Entre 1996 e 1998, coordenou as ações federais no estado do Rio. Também em 1996, assumiu a presidência do Conselho Administrativo do Comitê Rio 2004, empresa criada para cuidar da candidatura do Rio às Olimpíadas de 2004. Um ano depois, o ex-ministro aceitou ser o tesoureiro da turma do "sim" no plebiscito do desarmamento.
Em 2006, ao lado do economista Carlos Lessa e do professor da Universidade Harvard Roberto Mangabeira Unger, prestou consultoria para o programa de governo do então candidato do PRB ao governo do Rio, Marcelo Crivella. Com o título é "Um choque de políticas públicas", o documento, em formato de livro, tinha 148 e enumerava propostas para várias áreas, principalmente em parceria com o governo federal.
Atualmente, Raphael de Almeida Magalhães era conselheiro da EBX, empresa de Eike Batista, um dos filhos de seu amigo Eliezer Batista, ex-ministro e ex-presidente da Vale.
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