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Alborghetti lutava contra um câncer no pulmão | Pedro Serápio/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Alborghetti lutava contra um câncer no pulmão| Foto: Pedro Serápio/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Luiz Carlos Alborghetti, de 64 anos, morreu por volta das 15 horas desta quarta-feira (9), na casa dele em Curitiba. Alborghetti lutava contra um câncer no pulmão desde março e estava com um enfisema pulmonar. Nos últimos dias a doença tinha chegado aos ossos. O corpo de Alborghetti será velado na Assembleia Legislativa, a partir das 23 horas desta quarta. O corpo será cremado em Campina Grande do Sul, na quinta-feira (10).

Alborghetti não chegou a ficar internado em hospitais, ele recebia atendimento de médicos em casa. "Ele já estava muito debilitado e fazendo o tratamento em casa. O caso dele era muito complicado. Quando descobriram o câncer, já havia metástase. Graças a Deus ele não teve dores, e morreu dormindo", contou, emocionada, a mulher dele, Maria Auxiliadora em entrevista ao Jornal de Londrina. Segundo ela, Alborghetti não falava mais já há algum tempo. "Ele foi parando de falar aos poucos. Mas quando ainda estava lúcido, tinha esperança de voltar ao rádio e à televisão."

Carreira

Nascido em Andradina, interior de São Paulo, em 12 de fevereiro de 1945, Alborghetti iniciou a carreira como apresentador de programa policial em 1976, em uma rádio em Londrina. Antes, já havia trabalhado em rádios em São Paulo e Minas Gerais.

Ex-deputado estadual, Alborghetti ficou conhecido como apresentador de programas policiais na televisão e no rádio. Ele esbravejava ao anunciar alguns casos e chegava a bater com pedaços de madeira na bancada da tevê. Uma toalha para enxugar o suor também era um item sempre presente nos programas do apresentador, que ficou conhecido pela Rede CNT, com o programa Cadeia.

Alborghetti apresentava o programa "Cadeia Alborghetti", na Rádio Colombo em Curitiba, quando descobriu o câncer, em março deste ano. Imediatamente, segundo seus assessores ele se afastou do trabalho para cuidar da saúde. O programa mudou de nome e passou a se chamar "Cadeia Profissão Repórter", comandado por um dos seus assessores, até o início de dezembro. "Ele vivia com isso na cabeça, de voltar ao rádio e à televisão quando se recuperasse", lembrou Maria Auxiliadora.

Segundo informações do site da Assembleia Legislativa, Alborghetti foi eleito para quatro mandatos consecutivos de deputado estadual: 1987-1990, 1991-1994, 1995-1998 e 1999-2002.

"É com o sentimento de perda que expresso, de público, o meu pesar pelo falecimento do ex-deputado estadual Luiz Carlos Alborghetti, ocorrido neste 9 de dezembro", afirmou em nota oficial o presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM). o prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), decretou luto oficial de três dias na cidade.

"Devemos muito a ele. Como vereador e deputado estadual sempre levou e defendeu o nome de Londrina. Mesmo em Curitiba, manteve seu domicílio eleitoral em Londrina e defendia a cidade", declarou o prefeito, por meio da assessoria de imprensa. Barbosa destacou ainda o papel de destaque de Alborghetti como comunicador. "Foi um fenômeno de comunicação com seu jeito irônico. Inaugurou um novo estilo de fazer programa policial", disse.

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