O jurista, escritor e ex-ministro Saulo Ramos morreu neste domingo (28), aos 83 anos, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Ramos morreu em casa, por volta das 18h30. Ele tinha problemas cardíacos e fazia hemodiálise regularmente. O jurista passou a semana internado em um hospital de Ribeirão Preto, mas havia tido alta no sábado (27).
O enterro será na segunda-feira (30), às 14 horas, em Brodowski (338 km de São Paulo), terra natal de Ramos e do pintor Cândido Portinari, de quem foi amigo.
Quando ocupou o Ministério da Justiça no governo Sarney (1985-1990), o advogado deu formato jurídico às inovações de vários economistas para os planos Cruzado 1 e Cruzado 2.
Foi crítico contumaz de dispositivos da Constituição de 1988 e defensor de reformas na Lei de Imprensa.
Em 1992, foi advogado do Senado no processo que garantiu a cassação dos direitos políticos de Fernando Collor de Mello, atuando contra o ex-presidente.
Em 2007, publicou o livro "Código da Vida" (Planeta), no qual narrou episódios da vida política brasileira dos quais foi personagem ou testemunha nos últimos 40 anos, como a renúncia de Jânio Quadros, de quem foi oficial de gabinete, em 1961.
Em nota, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) lembrou que o ex-ministro teve participação "fundamental no processo de restauração da democracia".
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