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Brasília (Folhapress) – Em meio à crise, o governo festejou ontem "uma política pública que deu certo’’. Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que o número de mortes por arma de fogo caiu 8,2% em 2004 em comparação com o ano anterior.

O governo atribuiu essa queda, a primeira desde 1992, principalmente ao início da campanha do desarmamento.

O recuo de 8,2% representou 3.234 vítimas a menos no ano passado em relação a 2003.

"O momento é de crise, mas hoje é de alegria. É com muito entusiasmo que estamos comemorando uma política pública que deu certo’’, afirmou o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), que, ao lado de Saraiva Felipe (Saúde) e Luiz Dulci (Secretaria Geral), apresentou os resultados da pesquisa.

De acordo com o estudo, nos estados onde houve alta taxa de recolhimento de armas (mais de 150 a cada 100 mil habitantes), a média do índice de mortalidade apresentou recuo médio de 14,5%. Já nas localidades em que esse número não foi alcançado, o aumento médio foi de 2%.

Em números absolutos, o estado que mais contribuiu para a redução foi São Paulo, com 1.960 mortes a menos. O Rio registrou 672 vítimas a menos.

Thomaz Bastos disse que o objetivo da campanha não é combater os bandidos, mas desarmar a população e evitar mortes em discussões entre marido e mulher, choques de torcida de futebol, discussões no trânsito e brigas de crianças, entre outros.

"Contra bandidos é necessário a repressão, a atuação de organismos policiais e judiciais’’, afirmou o ministro da Justiça.

Paraná

O Paraná ficou entre os estados em que ocorreram crescimento do número de mortes por armas de fogo. Segundo o estudo do Ministério da Saúde, em 2004 houve 7,9% a mais de vítimas no estado na compração com 2003.

O crescimento foi maior no Amazonas e no Pará, que apresentaram aumento de 29% e 11%, respectivamente.

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