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Os motoboys encerraram a manifestação em frente à Prefeitura de São Paulo, no centro, mas prometem voltar às ruas na próxima segunda-feira caso as reivindicações não sejam atendidas. Segundo representantes da categoria, o diretor do Departamento de Transportes Públicos, Paulo Lourenço, anunciou em reunião com seis líderes do movimento que motos apreendidas serão liberadas sem taxas e que as multas lavradas nesta quinta-feira não serão cobradas.A informação não foi confirmada pela Prefeitura.

Hoje foi o primeiro dia de fiscalização. Sete empresas foram fiscalizadas e sete intimações emitidas. Uma moto foi retida.Lourenço afirmou que na próxima semana vai começar a entregar aos motoqueiros uma cartilha explicando a nova lei para os motoqueiros.

- Os motoqueiros não vão ter que pagar nada para usar os equipamentos de segurança. Os sindicatos de motoboy vão distribuir os baús em troca de publicidade, as antenas que protegem os pilotos de linhas de cerol e o chamado 'mata-cachorro', uma barra lateral que promete as pernas - disse.

Segundo Lourenço, o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga, que reúne as empresas do setor, também garantiu que vai distribuir capacetes e coletes para os motoboys. Ele explicou que os motoboys pagarão apenas as taxas do curso de habilitação (R$ 15 na CET e de R$ 30 a R$ 50 em empresas credenciadas ) e de cadastramento (R$ 10).

O diretor ficou preocupado que o movimento tivesse sido liderado pelas mesmas pessoas que, no começo da semana, agrediram um motoboy que seguia as regras. Ele disse que recebeu a comissão dos manifestantes e percebeu que, na verdade, o movimento era 'pacífico e espontâneo'.

- Eles tinham a informação de que só podiam operar com moto de até 5 anos, mas isso não é verdade. Eles também achavam que seria necessário fazer mais de uma inspeção por ano na moto.

Tinham também a informação de que gastariam pelo menos R$ 600 para comprar os equipamentos, mas eu disse a eles que este era o custo total da adaptação - disse.

Eduardo Monteiro de Oliveira, um dos motoboys que participaram da reunião com a Prefeitura, disse que os motoqueiros ficaram 'muito bravos' com a falta de informação. Ele disse que o movimento começou quando uma moto foi apreendida na Mooca. A partir daí, segundo ele, os trabalhadores se comunicaram via rádio ou celular para fazer a manifestação.

- Eles (a Prefeitura) também prometeram que vão reduzir os impostos e o custo de ICMS e IPI na compra de motos. Disseram ainda que vão analisar um prazo maior para regularização das motos. Se não tivermos a cartilha até segunda-feira o movimento será retomado - disse Oliveira.

Nenhum dos dois impostos são de âmbito da Prefeitura. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é de âmbito estadual e as alíquotas são decididas pelo governo do estado. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é de âmbito federal.

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