Um estudante universitário atropelou na madrugada de domingo pelo menos 25 pessoas que participavam do Parafolia, uma micareta promovida pelas Organizações Rômulo Maiorana, em Belém. Nenhuma pessoa morreu, mas várias vítimas sofreram fraturas nos braços e pernas. Ainda há confusão a respeito dos números. A Polícia Militar afirma que mais de 40 pessoas foram feridas, embora apenas 25 tenham dado entrada no Pronto Socorro Municipal de Belém.
O acidente foi causado pelo estudante Felipe Pinheiro da Cruz, de 22 anos. Casado com uma professora universitária, Cruz pegou o Palio da mulher dizendo que iria ao supermercado. Dirigiu, contudo, para o local onde estava sendo realizado o carnaval fora de época paraense. Já embriagado, entrou a toda velocidade na avenida Pedro Miranda, onde uma multidão se concentrava aproveitando a micareta. Ao perder o controle do veículo, atingiu uma concentração de pessoas, arrastando dezenas delas até o momento em que colidiu com um Gol branco, quando seu carro parou.
Uma multidão se aglomerou em volta do carro e tentou linchar o motorista, que foi salvo por policiais militares que o aconselharam a fingir que estava inconsciente. Cruz foi levado a um posto de saúde para tratamento de escoriações e em seguida detido numa delegacia no centro da cidade. Aos policiais, o estudante admitiu ter bebido.
Na versão que deu à polícia, o universitário disse que, ao entrar no carro, foi abordado por quatro homens que tentaram roubar-lhe o veículo. Na suposta tentativa de fuga, acabou perdendo o controle da direção e provocando o acidente. Testemunhas descartaram essa versão, afirmando que Cruz estava sozinho o tempo todo dentro do carro.
Uma das vítimas do estudante foi Maria Raimunda Santos, que trabalhava na Parafolia como vendedora ambulante de cerveja e refrigerantes. Além de fraturar a perna, Maria Raimunda teve todo o rendimento da venda das bebidas roubado logo após o atropelamento.