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O medo de passar a Páscoa no saguão de um aeroporto levou muitos brasileiros a optarem pela estrada neste feriado prolongado. O movimento está tranqüilo na manhã desta quinta-feira (5) na maior parte do país. A Polícia Rodoviária prevê um aumento no fluxo de veículos a partir desta tarde. O número de carros, que normalmente na Semana Santa aumenta 30%, dessa vez pode ser até 50% maior nas rodovias, na comparação com os dias úteis.

Em Belo Horizonte (MG), muitas pessoas adiantaram a partida para evitar o trânsito intenso. A previsão é de que 350 mil veículos passem pelas principais rodovias federais que cortam o estado. A polícia intensificou a fiscalização com 26 radares móveis. A operação especial nas estradas começou nesta quinta termina à meia-noite de domingo (8).

Na saída para o Rio de Janeiro e para as cidades históricas, o tráfego está mais intenso, mas sem congestionamentos. Mas em alguns trechos da BR-381, saída para o Litoral do Espírito Santo, o engarrafamento começou na madrugada.

Em São Paulo, o movimento é normal nas principais estradas no estado. As concessionárias que administram as rodovias prevêem que o trânsito deve aumentar a partir das 15h,

Nos principais aeroportos do país, a situação é tranqüila nesta manhã.

Alerta

A Polícia Rodoviária Federal diz que, quanto mais veículos estiverem nas estradas, mais perigosa é a viagem. O risco ainda aumenta com a imprudência dos motoristas.

Os policiais afirmam que grande parte dos acidentes é provocada pelo excesso de velocidade e pelas ultrapassagens proibidas. "Quanto maior for a velocidade do motorista, maior a probabilidade de ele se tornar uma vítima fatal em um acidente", alerta o policial rodoviário Matheus Horta.

O carregador Bruno Domingos de Freitas, de 18 anos, é uma das vítimas da violência na estrada. O carro em que estava foi atingido por um veículo na contramão. O acidente foi há dois meses e até hoje ele está no hospital. "Foi uma batida muito forte. Fraturei a coluna em dois lugares, perdi o movimento das mãos, das pernas", comenta.

O jovem corre o risco de nunca mais andar. A família dele não consegue esquece o motivo de tanta tristeza. "Dói muito ver meu filho cheio de sonhos, responsável, trabalhador, em cima de uma cama", lamenta a mãe, Luiza dos Santos.

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