Os movimentos contra a corrupção resolveram repetir o feito do dia 12 de outubro, quando levaram mais de 20 mil pessoas às ruas, e se uniram mais uma vez para uma manifestação em conjunto. Com três reivindicações prioritárias - voto aberto no Congresso, aprovação do projeto que torna corrupção crime hediondo e Ficha Limpa com validade para 2012 -, 30 cidades confirmaram a realização de protestos no feriado de 15 de novembro.
No Rio, os organizadores montarão um grande varal a partir das 15h em plena Cinelândia para que os manifestantes possam pendurar páginas de jornais com as notícias que mais envergonham o país.
"Vamos fazer um grande varal contra a corrupção. As pessoas vão poder também pendurar cueca com dinheiro e cartazes - informa uma das organizadoras do protesto, Cristine Maza.
Desta vez, a manifestação será mais simbólica e, por este motivo, não terá carros de som ou discursos de organizadores e simpatizantes.
Em São Paulo, estudantes vão acampar em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), do dia 14 para o feriado, para fazer um ato também simbólico: escrever uma palavra - ainda não revelada - com cinco mil velas acessas. A partir das 14h, o grupo vai ganhar a companhia de outras pessoas que estão sendo convocadas pelas redes sociais para a passeata. A organização está fazendo contatos com bandas de rock com o objetivo de realizar um show, mas ainda está à espera de resposta.
A capital paulista será também palco de um congresso no dia 9 dezembro - Dia Internacional de Combate à Corrupção -, organizado pelos mesmos movimentos que divulgam a passeata anticorrupção no estado. Eles já fizeram convites a intelectuais, juristas, sociólogos e auditores de contas públicas.
"Teremos uma rodada de palestras e essas pessoas vão falar que iniciativas são boas e ruins, o que é ou não constitucional. A intenção é sair desse encontro com uma proposta oficial para entrar em petição pública e recolher assinaturas, nos mesmos moldes do que aconteceu com o Ficha Limpa", explica Carla Zambelli, uma das organizadoras da marcha em São Paulo.
Ao contrário das outras duas vezes, Brasília não vai participar da mobilização nacional, por se tratar de um feriado prolongado, onde muitas pessoas deixam a cidade.
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