Parte dos movimentos que defendem o impedimento da presidente afastada, Dilma Rousseff, adiou os protestos que faria neste domingo (31) para o dia 21 de agosto. O objetivo é que os atos sejam feitos em data mais próxima à da votação no Senado, prevista pelos militantes para acontecer no fim do mês que vem.
Movimento Brasil Livre (MBL), Revoltados Online e Nas Ruas estão entre os que vão às ruas apenas em agosto. O Vem Pra Rua, por outro lado, preferiu manter o protesto para o último dia de julho.
Segundo Kim Kataguiri, líder do MBL, os movimentos avaliaram que a data anteriormente acertada dificultaria a mobilização de um número grande de pessoas.
“Temos recebido reclamações porque dia 31 será fim das férias escolares e por causa da manifestação marcada pelos grupos petistas para a mesma data”, afirmou.
Já Rogério Chequer, do Vem Pra Rua, minimizou a desistência dos aliados e negou que o protesto deste domingo, na avenida Paulista com a alameda Pamplona, será esvaziado.
“Estamos firmes com praticamente todos os movimentos, foram só uns dois ou três que saíram. Todos [os manifestantes] estão sabendo dessa data e até agora é o nosso segundo evento com mais convidados [no Facebook] dentre todos, atrás apenas do de 13 de março”, disse Chequer.
Também acontece neste domingo uma passeata contra o impeachment da Frente Povo Sem Medo, que reúne movimentos sociais e sindicatos de esquerda. Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), afirmou que o ato está mantido, mesmo com a mudança no protesto dos adversários políticos.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”