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O depoimento do ex-diretor de Operações dos Correios Maurício Coelho Madureira, que estava marcado para a noite desta terça-feira, foi adiado. Segundo o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), na reunião de quinta-feira os parlamentares vão decidir a nova data para ouvir o depoente.

A CPI manteve para esta quarta os depoimentos do presidente da Skymaster Airlines, Luiz Otávio Gonçalves, e dos ex-presidentes dos Correios Airton Langardo Dipp e João Henrique de Almeida Souza. Esses depoimentos estão previstos para as 9h, na sala 2 da ala Senador Nilo Coelho, no Senado.

Delcídio Amaral afirmou que a CPI cumpriu mais uma etapa e que agora há muito trabalho de mesa, que é a analise de documentos. Já o relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que são esses documentos, contratos e movimentações bancárias, que darão subsídios para a CPMI saber quem mais deverá ser chamado para depor. Mas assegurou que os depoimentos dos ex-dirigentes do PT, Silvio Pereira e Delúbio Soares estão confirmados para a próxima semana.

Delcídio Amaral anunciou, ao final do depoimento do ex-diretor de Tecnologia e Infra-Estrutura dos Correios, Eduardo Medeiros, que vai encaminhar ao Ministério Público da União as denúncias de que Medeiros teria incorrido em falso testemunho.

Delcídio anunciou a decisão de que o MPU receberá as cópias do depoimento para proceder às investigações imediatas dos dois crimes: de falso testemunho e de corrupção. A de falso testemunho foi porque Medeiros disse que não conhecia Vilmar Martins, mas depois que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou as denúncias de corrupção relativas à Metalúrgica Gadotti, ele admitiu que o conhecia. Já quanto à denúncia de corrupção, o senador Delcídio acredita que Medeiros não poderá mais responder, porque o fato ocorreu em 1992 e o crime já teria prescrevido.

O presidente da CPI marcou para esta quarta-feira uma conversa com o empresário Vilmar Martins, pela manhã, porque ele teria mais documentos para fundamentar as denúncias que fez ao senador Suplicy. A denúncia foi de que após ter ganho a licitação para fornecer carrinhos de transporte de correspondência para a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, teriam cobrado propina para que ele entregasse o material. Segundo o empresário, mesmo sem ter pago a propina ele conseguiu entregar o material, mas os Correios ainda devem a ele cerca de R$ 700 mil.

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