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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou o deputado estadual Edson Praczyk (PRB), a sua mulher, Rosária Praczyk, e a funcionária do gabinete do parlamentar, Micheli Borges da Silva, por improbidade administrativa pela contratação de funcionários fantasmas. As informações foram divulgadas no telejornal Paraná TV 2.ª Edição, da RPC, nesta sexta-feira (29).

De acordo com o MP, Praczyk empregava funcionários fantasmas em seu gabinete e desviava - em parte ou na totalidade - os salários de pelo menos 22 empregados, e enriqueceu com o esquema, que totalizou cerca de R$ 5 milhões desviados. Na denúncia, a promotoria o pagamento de uma multa de R$ 20 milhões, que devem retornar aos cofres públicos. Para garantir o pagamento da multa, a promotoria também pediu também a indisponibilidade de bens do dos três acusados.

A ação se baseou no relato de uma antiga funcionária do deputado, que trabalhou no gabinete entre setembro de 2000 e abril de 2014. A funcionária afirmou que repassava parte do salário para a mulher do parlamentar. A investigação avançou quando uma auditoria foi realizada em uma agência bancária localizada dentro do prédio da Assembleia Legislativa do Paraná. De acordo com o Ministério Público, quem retirava o dinheiro das contas era Micheli Borges da Silva, que também teria embolsado dinheiro do esquema.

Entre os supostos fantasmas, usados para desviar dinheiro público, estariam mulheres de outros pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, à qual pertence o parlamentar. Um dos fantasmas seria o ex-vereador e pastor Valdemir Soares (PRB), que renunciou ao cargo na Câmara Municipal em abril deste ano depois de ser flagrado votando no lugar de uma vereadora.

Outro lado

A defesa dos três acusados - deputado, mulher dele e funcionária- enviou nota à RPC,informando que ambos não têm conhecimento da ação e criticou o que chamou de “inércia” do Ministério Público em oferecer a denúncia. A nota ainda afirma que o deputado nunca foi chamado ao MP para prestar esclarecimentos e que considera a atitude “um desrespeito ao direito do contraditório e da ampla defesa”. Valdemir Soares informou à RPC que não iria se pronunciar sobre o caso.

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