O Ministério Público do Paraná (MP) ofereceu denúncia contra o deputado estadual Nelson Justus (DEM), ex-presidente da Assembleia Legislativa, referentes ao caso dos Diários Secretos. O parlamentar e mais 31 pessoas ligadas a seu gabinete estão sendo acusada dos crimes de formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O ex-diretor-geral da Assembleia, Abib Miguel, o Bibinho, também é réu na denúncia, por falsidade ideológica. A ação foi oferecida no dia 12 de fevereiro, e o relator será o desembargador Guilherme Freire.
A ação apresentada se refere, principalmente, à suposta contratação de servidores fantasmas por Justus no gabinete da presidência, entre os anos de 2007 e 2009. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, existem provas de que assessores do deputado foram responsáveis por sacar mensalmente o salário desses fantasmas e depositar em outras contas, o que embasou a denúncia criminal. Os “laranjas” também foram denunciados, uma vez que também teriam sido beneficiados pelo esquema.
Além disso, o MP também acusa Justus de ter contratado servidores no gabinete da presidência para trabalhar como agentes políticos do deputado no interior – o que, no entendimento dos procuradores, seria peculato. Bibinho foi acusado de falsidade ideológica. Ele supostamente teria forjado documentos para que esses servidores constassem como funcionários do gabinete de Justus.
Outro lado
O advogado de Bibinho, Eurolino Sechinel dos Reis, não quis comentar o caso. Ele disse que ainda não foi notificado e não tem conhecimento do teor da denúncia.
O deputado estadual Nelson Justus não foi localizado não atendeu às ligações da reportagem da Gazeta do Povo para se pronunciar sobre a denúncia do MP.
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