O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público Estadual, denunciou ontem seis pessoas envolvidas no esquema do mensalão de Londrina. Uma delas é o presidente da Sercomtel, Roberto Coutinho, que teria sacado R$ 5 mil de sua conta bancária pessoal para o pagamento de propina ao vereador Amauri Cardoso (PSDB).
Segundo o Gaeco, as seis pessoas teriam formado uma quadrilha para "comprar" o apoio dos vereadores em projetos de interesse da prefeitura.
Além de Coutinho, foram denunciados o ex-secretário Marco Cito, o diretor da Sercomtel Alyssson de Carvalho, o chefe de gabinete do prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), Rogério Ortega, o vereador afastado Eloir Valença (PHS) e o ex-funcionário público Ludovico Bonato. Cito e Bonato foram presos em flagrante entregando R$ 20 mil a Cardoso.
Outro lado
Coutinho não quis falar com a reportagem. Eloir Valença não retornou a ligação. Miguel El Kadri, advogado de Carvalho, disse que "o inquérito [policial] não apresentava qualquer indício de participação" do seu cliente. A defesa de Ortega e de Cito não quis comentar a denúncia. O advogado de Bonato não foi localizado.
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