O promotor de Justiça de Reserva, Alexey Chio Caruncho, denunciou criminalmente o vereador Flávio Hornung Neto, assassino confesso do presidente municipal do PC do B, Nelson Renato Vosniak, por homicídio qualificado, porte ilegal de arma e por duas tentativas de homicídio qualificado. O vereador matou o dirigente político com três tiros após uma discussão em uma rua do centro da cidade na noite do dia 15 de janeiro. Hornung também tentou matar o repórter de um jornal local, Giovani Welp Pinto, e o professor Carlos Rodrigues Oliveira Filho, que estavam no carro de Vosniak no momento do crime.
Para o promotor, o homicídio teria sido qualificado por não dar oportunidade de defesa à vítima e por motivo fútil. As duas tentativas de homicídio teriam sido qualificadas também por dificultar a defesa dos ocupantes do carro e para assegurar a impunidade do crime anterior. A denúncia ocorreu uma semana antes do prazo final dado ao promotor para analisar o inquérito policial sobre o caso.
Após o parecer do Ministério Público (MP), o processo foi encaminhado para a juíza da cidade, Daniela Flávia Miranda, que pode acatar ou não a denúncia. Caso seja acatada, o processo criminal será instaurado, sendo marcados os depoimentos do vereador, das testemunhas de acusação e defesa, para então ser decidido se Hornung será julgado em júri popular.
Caso seja condenado, o vereador pode pegar uma pena que varia de 15 a 35 anos de prisão. Um novo pedido de prisão preventiva também poderá ocorrer. Tanto a juíza quanto o promotor de Reserva não querem dar entrevistas.
A decisão do MP agradou à família de Vosniak. "Era até mais do que estávamos esperando. Agora estamos na expectativa, esperançosos, de qual será a decisão da juíza", disse a viúva de Vosniak, Maria Fabiane Zampieri.
Enquanto aguarda a decisão da Justiça, Hornung permanece solto, amparado por um habeas-corpus, concedido pelo Tribunal de Justiça (TJ) no dia 1.º de fevereiro. Ele retornou às atividades normais como vereador na Câmara Municipal no dia 9 de março, após os parlamentares votarem contra a abertura de um processo de cassação. O vereador e seu advogado, Carlos Humberto Silva, foram procurados pela reportagem, mas não foram encontrados para comentar o caso. Anteriormente, Hornung declarou que teria matado Vosniak por ser vítima de constantes perseguições e que o crime não teve conotação política. O vereador alega que matou o dirigente do PC do B por razões pessoais.
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