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O Ministério Público (MP) deve apresentar até sexta-feira denúncia referente a esquema de cobrança de propina na Receita Estadual. Ao todo, cerca de 40 pessoas devem ser denunciadas por formação de quadrilha e corrupção, entre outros crimes. Dessas 40 pessoas, dez são auditores da Receita, incluindo Luiz Antônio de Souza, também envolvido em denúncias de crimes sexuais, e Márcio Albuquerque de Lima, ex-inspetor geral de fiscalização da Receita. As informações são da RPC TV.

Segundo investigações da Operação Publicano, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os auditores cobravam propina para reduzir ou anular dívidas de empresas com o estado. O grupo usava empresas de fachada para “esquentar” o dinheiro. O esquema existia desde 2005. Documentos mostram que, em apenas uma cobrança, em 2011, a quadrilha faturou R$ 200 mil. As negociações teriam sido feitas diretamente com Lima, que na época era delegado-chefe da Receita em Londrina.

Como resultado, os envolvidos no esquema supostamente tiveram um aumento de patrimônio incompatível com o salário pago pelo estado. Segundo as investigações, os auditores possuem imóveis e veículos de luxo que não poderiam ser comprados com o salário pago pelo estado.

Souza, por exemplo, teve seis carros de luxo apreendidos – todos eles registrados em nome de “laranjas”. Além disso, morava em uma mansão em Londrina, e supostamente seria o proprietário de dois apartamentos avaliados em R$ 3,8 milhões cada, em Balneário Camboriú, e duas fazendas no Mato Grosso avaliadas em mais de R$ 10 milhões – tudo registrado em nome de parentes.

Lima também seria proprietário de uma mansão em Angra dos Reis, teria um carro de corrida importado e uma lancha avaliada em R$ 800 mil. Ele seria o chefe da quadrilha, e estaria envolvido no esquema, pelo menos, desde 2011. O auditor foi promovido a inspetor geral de fiscalização, principal cargo da Receita, no ano passado.

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