O delegado Hércules do Nascimento entregou na tarde desta sexta-feira, na 1ª Vara Criminal de Madureira, a conslusão do inquérito que apurou a morte do menino João Hélio Fernandes Vieites, de 6 anos. No documento, com cerca de 300 páginas, o delegado indiciou Diego Nascimento, Carlos Eduardo Lima, Tiago Abreu Matos e Carlos Roberto da Silva por latrocínio (roubo seguido de morte), formação de quadrilha e corrupção de menor. O menor, que participou do roubo e estaria no banco traseiro do carro da mãe de João Hélio, Rosa Fernandes, continua internado no Instituto Padre Severino.Sentença deve sair em até três meses

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A promotoria tem cinco dias, a partir da próxima segunda-feira, para denunciar os quatro acusados maiores de idade. Segundo o promotor, os quatro homens deverão ser denunciados por latrocínio (roubo seguido de morte) e formação de quadrilha. A pena para esses crimes pode chegar a 36 anos de prisão. Marques vai pedir também a prisão preventiva dos acusados.

- Vou avaliar ainda se houve corrupção do menor - afirma.

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Após o fim do prazo de cinco dias, a denúncia e o pedido de prisão preventiva serão enviados ao juízo da 1ª Vara Criminal de Madureira. A sentença para os quatro suspeitos maiores de idade deve sair em até três meses.Laudo não identificou impressões digitais no carro

Um dos laudos não identificou impressões digitais dos bandidos no carro da família. Segundo a polícia, muita gente teria mexido no veículo antes dos peritos. Para o delegado, o resultado não atrapalha a consistência da denúncia.

- A perícia comprovou que as pessoas que reconheceram os bandidos tinham visibilidade dos acusados - explicou Nascimento.

Caso o juiz aceite a denúncia, serão mais 81 dias para analisar o caso. Os acusados vão ser interrogados novamente e testemunhas, de acusação e de defesa, também devem ser ouvidas. Ainda pode ser pedida a busca de mais provas. Depois de ouvir, mais uma vez, os réus e da promotoria, o juiz aplica a sentença.Segunda audiência com menor está marcada para o dia 6

Já o processo do adolescente de 16 anos suspeito do crime corre no Juizado da Infância e Juventude. No dia 6 de março, está marcada a segunda audiência do menor com o juiz. Também serão ouvidas testemunhas e os outros acusados.

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A medida socioeducativa que será aplicada ao menor deve ser divulgada até o fim de março e pode chegar a, no máximo, três anos de internação. O adolescente está, provisoriamente, no Instituto Padre Severino, na Ilha do Governador.

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