O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, abriu investigação nesta terça-feira para apurar o envolvimento dos deputados Maurício Quintella (PR-AL) e Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), com a organização supostamente chefiada pelo empresário Zuleido Veras, da empreiteira Gautama, foco da Operação Navalha da Polícia Federal.

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A investigação será realizada por membros do Ministério Público e, se forem encontrados indícios consistentes contra os parlamentares, o procurador-geral poderá pedir abertura de inquérito contra eles no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Antonio Fernando, a PF ainda não enviou o relatório que inclui também o deputado Paulo Magalhães (DEM-BA) na lista de envolvidos, o que estava previsto para acontecer esta semana. Mesmo assim, o procurador não descartou investigar o parlamentar.

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O nome dos três parlamentares, associados a cifras, aparecem em documentos de contabilidade apreendidos nos escritórios da Gautama. Os nomes de Olavo Calheiros e Paulo Magalhães também aparecem em gravações de conversas da Operação Navalha.

Além disso, a polícia dispõe de indícios de repasse de dinheiro de Zuleido para Paulo Magalhães. Com base nas investigações feitas até o momento, a PF aponta Magalhães e Olavo Calheiros como dois dos principais políticos aliados do dono da Gautama. Magalhães teria ajudado a empresa a expandir seus negócios para fora da Bahia. Calheiros seria um dos suportes da Gautama em Alagoas.

Deputado diz já ter assinaturas para CPI mista

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) afirmou na manhã desta terça-feira que já obteve as duas assinaturas que faltavam para efetivar o pedido de criação da CPI da Navalha. O prazo para a obtenção das assinaturas restantes, estabelecido pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, acaba nesta terça-feira. Delgado - que é um dos autores do pedido de CPI - informou que a última assinatura, do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, será colhida nesta tarde.

Na semana passada, após contar as assinaturas presentes no requerimento, a Mesa do Senado verificou que o documento continha duas assinaturas a menos do que o exigido para instalar a comissão. Foram contabilizados os nomes de 169 deputados e de 30 senadores favoráveis à criação da comissão. O número exigido é de 171 deputados e 27 senadores.

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