O procurador-geral do município de Antonina, Fabrício de Souza, e a chefe da Divisão Tributária da prefeitura, Karolina de Souza Cardoso, foram denunciados pelo Ministério Público (MP) por corrupção e tráfico de influência. De acordo com os promotores, o procurador captou clientes irregularmente e manipulou processos nos quais atuava como representante do município.
De acordo com o MP, as irregularidades aconteciam no período em que Karolina era funcionária do cartório cível do município. Em função das denúncias, a promotora Kelly Vicentini Neves Caldeiras requisitou o afastamento imediato dos denunciados dos cargos públicos.
Como procurador do município, Souza não poderia exercer a advocacia. Mas, segundo a Promotoria de Justiça, ele não apenas infringiu essa regra como, em parceria com a então funcionária do cartório, captou irregularmente clientes e manipulou processos nos quais atuava como representante do município.
Operação
Além disso, durante as investigações, realizadas no âmbito da Operação Barreado, que investiga irregularidades na condução de ações e no pagamento de indenizações a pescadores prejudicados por acidentes ambientais, foram apreendidos documentos na casa da denunciada, inclusive processos desaparecidos havia anos.
A reportagem esteve em Antonina e falou com o procurador-geral, que admitiu ter advogado para uma família que pretendia adotar uma criança. Apesar disso, ele não quis dar entrevista.
Prisão
A chefe da Divisão Tributária de Antonina está presa na Polícia Federal desde a última terça-feira, após a deflagração da Operação Barreado. Ela também foi denunciada pelo Ministério Público por supostamente receber propina de advogados no caso da indenização dos pescadores do litoral que movem ação contra a Petrobras em função de acidentes ambientais que ocorreram em 2001 e também no acidente do navio Vicunã, em 2004.
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