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José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça | Geraldo Magela/Ag. Senado
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça| Foto: Geraldo Magela/Ag. Senado

O Ministério Público (MP) requisitou ontem que o Metrô de São Paulo suspenda a execução de dez contratos de modernização de 98 trens, que somam R$ 2,5 bilhões, sob alegação de que há indícios de superfaturamento, além de outras irregularidades. Os contratos foram firmados entre 2008 e 2010 e incluem empresas que são investigadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em razão da suspeita de cartel, como Siemens, Alstom e Bombardier. Segundo o promotor Mauricio Milani, os preços pagos por trens reformados são superiores ao custo de um trem novo, o que seria injustificável.

Milani afirmou ainda que a decisão do Metrô de reformar os trens foi danosa, porque seria mais vantajoso adquirir uma frota nova. "Esses contratos todos têm vícios, ilegalidades. É um prejuízo absurdo para os cofres públicos", disse. O Metrô tem 30 dias para responder. Caso a resposta seja negativa, Milani pretende entrar na Justiça. O Metrô ainda não se manifestou sobre o assunto.

Depoimento

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou em depoimento à Comissão de Constituição e Justiça do Senado que a Polícia Federal e o Cade vão continuar investigando as denúncias sobre formação de cartel e corrupção na construção do metrô de São Paulo. Cardozo também reafirmou que não há indícios de adulteração do documento apócrifo que levanta suspeitas sobre políticos do PSDB e que, em julho, levou a PF a abrir uma nova frente de investigação sobre as supostas fraudes.

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