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O Ministério Público (MP) de São Paulo pediu à Justiça a prisão preventiva do executivo César Ponce de Leon, ex-diretor da Alstom. Leon e outras 11 pessoas, entre elas o ex-presidente da comissão de licitações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) Reynaldo Rangel Dinamarco, são acusados de formação de cartel em contratos de fornecimento de trens e materiais ferroviários em 2007 e 2008, durante o governo do tucano José Serra. Os promotores ainda pediram a inclusão do nome dele na difusão vermelha da Interpol, a polícia internacional, porque ele é estrangeiro e não foi localizado ao longo das investigações.

O pedido de prisão foi feito no último dia 10, mesma data em que o Ministério Público denunciou à Justiça os 12 acusados, mas só foi confirmado nesta sexta-feira pela Promotoria.

De acordo com a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça Marcelo Batlouni Mendroni, do Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec), as empresas teriam dividido entre si três contratos administrativos, combinando as propostas que apresentariam nas concorrências.

“As empresas dividiram o mercado e o preço final superfaturado, direcionando cada licitação e sabendo previamente qual empresa seria a vencedora de cada um dos contratos e quais os preços de cada uma, o que fazia com que as outras empresas que participavam do cartel ofertassem suas propostas a preços superiores ou simplesmente não participassem da concorrência na referida licitação, deixando de oferecer proposta”, escreveu Mendroni na denúncia.

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