O Ministério Público Federal reagiu ao pedido de afastamento do juiz Fausto Martin De Sanctis do comando da Operação Satiagraha - investigação sobre suposto envolvimento do banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity, em crimes financeiros.
Em manifestação entregue a De Sanctis, o procurador da República Rodrigo de Grandis, acusador de Dantas, rejeita enfaticamente os argumentos da defesa de Dório Ferman, do Opportunity, que atribuiu ao juiz "interesse pessoal e parcialidade" no caso.
"Forçoso reconhecer que (Ferman) não logrou demonstrar a presença de qualquer motivo hábil a ensejar suspeição do juiz", afirmou de Grandis. "As razões do pedido de afastamento não foram acompanhadas da imprescindível prova documental. O juiz não é amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes."
O procurador salientou que "não vislumbra qualquer irregularidade" no pedido de cooperação jurídica internacional - por meio do qual foi requerido bloqueio de valores do Opportunity nos Estados Unidos.
"O pedido de cooperação é fruto de ato judicial emanado no regular e pleno exercício do poder geral de cautela, inerente à atividade jurisdicional, o qual pode incidir antes ou depois de ofertada a ação penal pública. O Ministério Público Federal não encontrou qualquer mácula no conteúdo do pedido de cooperação."
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