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Olympio Sotto Maior: dois procuradores para apurar caso | Priscila Forone/ Gazeta do Povo
Olympio Sotto Maior: dois procuradores para apurar caso| Foto: Priscila Forone/ Gazeta do Povo

Imprensa

Advogado quer impedir notícias

O advogado Marlus Arns de Oliveira, que representa o escritório de advocacia de Marcelo Simão, entrou na segunda-feira com uma medida cautelar na 11ª Vara Cível de Curitiba para que o presidente da CPI das Falências, deputado Fabio Camargo (PTB), retire da imprensa toda e qualquer informação envolvendo seus clientes. A liminar tenta impedir que o parlamentar faça novas declarações sobre o caso inclusive da tribuna da Assembleia até a apresentação do relatório final da CPI. Até o fechamento desta edição, a juíza Patrícia Lages de Lima ainda não tinha decidido sobre o caso. Arns também encaminhou requerimento ao presidente da Assembleia, deputado Valdir Rossoni (PSDB), para retirar do site da Assembleia "qualquer notícia referente à CPI" publicada após a liminar que lhe suspendeu os trabalhos.

O requerimento foi repelido por Rossoni. "Minha posição pessoal é não acatá-lo. Não pode haver uma interferência dessa forma na Assembleia", reagiu. Simão é o administrador com o maior número de nomeações para síndico de massas falidas em Curitiba. (KK e SM)

O procurador-geral de Justiça do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, designou ontem os procuradores de Justiça João Carlos Silveira e João Ângelo Leonardi para investigar as notícias de irregularidades em processos de falências no Paraná. Os dois procuradores atuam na 4.ª Pro­­curadoria de Justiça Cível, grupo de promotores especializado em matéria de falências.

As supostas irregularidades vieram a público após a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Falências, instalada em fevereiro pela As­­­sembleia Legislativa do Paraná. A comissão foi suspensa no dia 20 de abril por determinação do Tribunal de Justiça (TJ) a pedido da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar).

Reportagem publicada pela Gazeta do Povo neste domingo mostrou que cinco escritórios de advocacia de Curitiba foram nomeados pelos juízes das varas especializadas como síndicos de quase metade dos 750 processos de falências da capital. Apenas um escritório gerencia o equivalente a R$ 400 milhões em bens de massas falidas.

CPI

Na semana passada, a Procura­­­doria-Geral da Assembleia apresentou recurso para tentar derrubar a liminar que paralisou os trabalhos da CPI. De acordo com o texto do recurso, a suspensão da comissão fere princípios legais do Legislativo e configura conflito na separação dos poderes. O recurso do Legislativo ainda não entrou na pauta do órgão especial do TJ.

Durante visita à Assembleia na segunda-feira, o presidente do TJ, Miguel Kfouri Neto, afirmou que aprova as investigações da CPI e negou que o episódio da paralisação da CPI tenha criado uma animosidade entre os poderes Legislativo e Judiciário. "O Judi­ciário está aberto a qualquer tipo de investigação ou apuração. Mesmo com a paralisação da CPI, a corregedoria-geral do tribunal continua apurando o caso. Não somos contra a CPI, a apuração conta com nosso apoio e respeito", disse. Quanto ao recurso da Assembleia, Kfouri afirmou que a questão será analisada pelo Órgão Especial do tribunal.

Um grupo de oito advogados protocolou na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) requerimento de criação de Comissão Especial de Direito Falimentar. Segundo os advogados, ficou "patente a necessidade da intervenção da Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná (OAB-PR) no cumprimento de sua missão enquanto entidade para, em conjunto com demais órgãos competentes, estudar e imprimir mudanças na ordem dos referidos procedimentos visando a melhor atenção ao jurisdicionado".

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