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O Ministério Público Estadual (MPE) e a Procuradoria da República pediram à Suíça a quebra do sigilo das contas e o bloqueio de valores de 20 investigados por suposto envolvimento com o cartel de trens e metrô de São Paulo. A investigação do MPE trata das denúncias de superfaturamento e pagamento de propinas nos contratos e licitações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e Metrô de São Paulo (CPTM) entre 1998 e 2008.

Os promotores estão certos de que funcionários dos governos do PSDB receberam propina de multinacionais como a Alstom e Siemens para a obtenção dos contratos. Um dos investigados é o engenheiro Ademir Venâncio de Araújo, ex-diretor da CPTM. De acordo com relatório do Coaf, Venâncio e sua mulher mantêm cinco contas em seus nomes e em nome de uma fundação e da offshore Badminton, que receberam pelo menos US$ 1 milhão.

Já o Tribunal Penal de Bellizona, na Suíça, enviou ao MPE acórdão de 28 páginas relatando que o empresário Sabino Indelicato depositou aproximadamente US$ 953,7 mil na conta do conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado, entre 1998 e 2005, quando foi secretário da Casa Civil do governo Covas. Marinho é suspeito de ter recebido propinas, ou "vantagens ilícitas", segundo os promotores suíços, da empresa francesa Alstom.

Outro lado

O advogado de Marinho, Celso Vilardi, pedirá à Justiça que impeça a investigação da Promotoria, já que os documentos do caso Alstom foram gerados a partir de investigação anulada no Tribunal ­suíço, segundo declarou ao jornal O Estado de S. Paulo.

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