O Ministério Público Federal (MPF) apresentou nesta quinta-feira (28) duas novas denúncias referentes à operação Lava Jato. Uma trata das investigações da operação Acarajé (23ª fase) e, a outra, da Xepa (26ª). Ambas fazem referência a verbas de contratos da Petrobras repassadas ao casal de publicitários João Santana e Mônica Moura. Parte do dinheiro é ligada a offshores da Odebrecht e outra fatia, ao operador Zwi Skornicki, representante do estaleiro Keppel Fels.
Além de Monica, João e Zwi, estão na lista de denunciados os ex-gerentes da Petrobras Pedro Barusco e Eduardo Musa, o ex-diretor Renato Duque, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e João Ferraz, da Sete Brasil, empresa ligada a estatal. Também são citados o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, sete funcionários da empresa que atuariam na distribuição de propina, e os operadores financeiros Olivio Rodrigues Junior e Marcelo Rodrigues.
Conforme uma das denúncias, entre 2006 e 2015 – depois da Lava Jato – funcionou na Odebrecht um setor especializado na “prática de lavagem de dinheiro”, chamado “Setor de Operações Estruturadas”. Os funcionários entregavam valores em espécie no Brasil e faziam transferências no exterior para diversos servidores públicos. Na denúncia, o MPF pede a perda de R$ 34 milhões dos denunciados, em razão de os recursos serem oriundos das práticas criminosas de lavagem de dinheiro denunciadas.
No âmbito da Petrobras, como aponta o MPF, houve repasses a pessoas vinculadas ao PT, como Santana e sua mulher. A denúncia cita que os dois agiam como “verdadeiros conselheiros do PT” e tinham “pleno conhecimento” do esquema. “A atuação de João Santana englobava tanto o direcionamento da linha publicitária do Partido e de alguns candidatos quanto a intermediação de contatos com as grandes lideranças do Partido, como, por exemplo, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff”, cita o documento.
Como retribuição ao trabalho, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto determinava que operadores e representantes de empreiteiras envolvidas no esquema efetuassem transferência de valores ao casal. A quantia era, então, deduzida da parcela de propina da Petrobras destinada ao PT. Da Odebrecht, Mônica e João teriam recebido ao menos US$ 3 milhões no exterior e outros R$ 24,5 milhões em espécie, no Brasil.
Repasses de outras empresas
O casal de publicitários também teria recebido repasses provenientes de crimes praticados na Petrobras envolvendo outras empresas. “Como foi o caso, por exemplo, de pagamentos efetuados por Zwi Scornicki em razão de contratos firmados entre a Estatal e empresas do Grupo Keppel Fels”, detalha o documento. Desses repasses trata a segunda denúncia do MPF.
Neste caso, a acusação faz referência a um dos pacotes de contratos da Sete Brasil, criada em 2010 para fornecimento de navios-sonda e plataformas para a Petrobras. Uma parte dos recursos destinados aos publicitários, conforme a denúncia, saiu da propina de contratação do estaleiro Keppel Fels pela empresa, com Zwi como intermediador. Ao todo, seis estaleiros foram contratados para fornecimento de 28 navios-sondas no total de US$ 23 bilhões.
Por enquanto, o MPF centralizou a denúncia na lavagem de dinheiro da corrupção na Petrobras envolvendo o PT, por meio de contratação de serviços de João Santana. A conta secreta do marqueteiro e de sua mulher, na Suíça, em nome da offshore Shellbill Finance, recebeu US$ 4,5 milhões do operador de propinas do estaleiro Keppel Fels.
Acordos
Não há acordo
Propina para outras empresas
Sete Brasil
Manutenção da prisão
Campanha 2014
Casal Santana
Kelli KadanusRepórter em Brasília
Delações Não Premiadas
Papel de Marcelo Odebrecht
Receita Federal
Elogios
Sete Brasil
"Não havia vergonha"
Odebrecht
Códigos
Pagamentos continuaram após Lava Jato
Operadores
Critica
Sistema
Operações paralelas
Lavagem de dinheiro
Segunda denuncia
Bilhetes
Segunda etapa
Superfaturamento
Sete Brasil
Divisão de propina
Denuncia
Perseguição
Mudança de governo não muda corrupção
Repatriação
Prisões
Resumo
Corrupção
Inicia a coletiva
Kelli KadanusRepórter em Brasília
Apenas denunciados
Kelli KadanusRepórter em Brasília
Vaccari
Kelli KadanusRepórter em Brasília
Odebrecht
Kelli KadanusRepórter em Brasília
João Santana
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