O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal ajuizou ontem 14 ações contra o ex-senador Efraim Morais (DEM) e 50 funcionários "fantasmas" nomeados por ele na época em que comandou a Primeira Secretaria do Senado, entre 2006 e 2009. A 6.ª Vara Federal do DF vai analisar a acusação dos procuradores que pedem, também, a devolução de mais de R$ 6 milhões pagos aos apadrinhados, parentes e cabos eleitorais.
As investigações do MPF apontam que dos 86 servidores nomeados para alguma função no órgão do Senado, apenas 22 tinham endereço no Distrito Federal e Entorno na época. "Os demais, mesmo lotados em área administrativa do Senado, residiam fora de Brasília, a maioria na Paraíba, estado que elegeu o então senador."
Segundo a Procuradoria, parte dos funcionários nomeados por Efraim Morais admitiu exercer atividades típicas de cabo eleitoral. A reportagem tentou contato nos telefones do ex-senador, que hoje comanda a Secretaria de Infraestrutura da Paraíba, mas Efraim Morais recusou as chamadas.