O Ministério Público Federal (MPF) do Paraná divulgou uma nota nesta quarta-feira (23) em que desmente que já teria negociado acordos de colaboração premiada com a Odebrecht.
A empresa manifestou nesta terça-feira (22) que os executivos da empresa pretendem auxiliar as investigações da operação Lava Jato, bem como que o grupo quer celebra um acordo de leniência – espécie de colaboração de pessoas jurídicas.
Na nota, a instituição afirma que “não existe sequer negociação iniciada sobre acordos de colaboração com executivos ou leniência com o grupo Odebrecht”. Conforme o MPF, a manifestação de vontade de colaborar com as investigações pelos executivos ou grupo empresarial “não possui qualquer consequência jurídica”. Assim, as investigações e atos processuais continuam em andamento.
Os procuradores da Lava Jato esclarecem ainda que a divulgação de intenção de celebrar acordos “fere o sigilo das negociações” exigido por lei.
O MPF afirma também que a Odebrecht tem agido continuamente para obstruir as investigações, como na 26ª fase da operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira (22). Segundo a nota, houve tentativa de destruição do sistema de controle informatizado de propina da empresa.
Os procuradores encerram a nota informando que os acordos de leniência e de colaboração premiada somente são possíveis “com o completo desvelamento, por parte dos envolvidos, dos fatos criminosos que já são investigados, além da revelação plena de outras ilegalidades que tenham cometido e que ainda não sejam de conhecimento das autoridades, e da reparação mais ampla possível de todas essas ilegalidades”.
Outro lado
Em nota divulgada na noite desta quarta-feira, a Odebrecht afirma que, com o comunicado desta terça, teve a intenção de “manifestar à sociedade a disposição em colaborar com as autoridades”.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares