O Ministério Público Federal pediu nesta sexta-feira a condenação do ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Silva, do presidente da Andrade Gutierrez, Otavio Azevedo, e de um dos donos da Engevix, José Antunes Sobrinho, em processo da Operação Lava Jato que corre na Justiça Federal do Rio de Janeiro. A ação, que migrou de Curitiba para a 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, tratou sobre o esquema de propina nas obras de Angra 3.
“Tendo em conta a ressalva supra, foi amplamente demonstrada a correlação entre os crimes de corrupção ativa e passiva envolvendo Othon Luiz e as assinaturas de contratos e aditivos para as obras de construção civil da Usina de Angra 3 pela Andrade Gutierrez”, diz trecho das alegações finais do MPF.
Os procuradores pediram a condenação de Othon Silva por corrupção passiva e de Sobrinho e de Cristiano Kok, executivo da Engevix, por corrupção ativa. De acordo com as alegações finais, Otávio Azevedo foi um dos que prometiam e ofereciam vantagens indevidas a Othon para que ele, na condição de presidente da Eletronuclear, não praticasse atos que ferisse o interesse da Andrade Gutierrez. O MPF pede ainda a condenação dos réus por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Como alguns dos réus, como Otavio Azevedo, fizeram acordo de delação premiada, o MPF requereu que fossem observados os pontos acordados para estipular a pena. Para os demais réus, os procuradores pediram o cumprimento da pena inicialmente no regime fechado.
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