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Começou nesta segunda-feira, em Porto Alegre, a Conferência Internacional da Reforma Agrária, e com ela, protestos e invasões de sem-terra, na jornada de lutas chamada pelo MST de 2006 Vermelho. Em Pernambuco, mais 600 famílias ocuparam quatro fazendas na Zona da Mata, no Agreste e no Sertão. A maior ocupação foi no município sertanejo de Ibimirim, onde 250 famílias invadiram a fazenda Poço da Cruz. Em Altinho, uma fazendeira está acusando o MST de ter causado o incêndio de uma das casas da propriedade.

Em Goiânia, cerca de 500 sem-terra invadiram a sede do Incra. As famílias montaram barracas no pátio e no estacionamento do Incra. Os portões foram fechados e os funcionários foram impedidos de trabalhar. Os sem-terra, que vêm de 16 acampamentos do MST em Goiás, reivindicam o cumprimento das metas de assentamento previstas para 2005.

Desde o fim de semana, agricultores ligados ao MST ocupam áreas rurais em Pernambuco. Jaime Amorim, coordenador estadual do MST, afirmou no último domingo que o plano era ocupar 19 fazendas e engenhos na região da Zona da Mata. As atividades têm como objetivo lembrar o massacre de 19 trabalhadores rurais durante conflito com a polícia militar, ocorrido há 10 anos, em Eldorado de Carajás, no Pará, e chamar a atenção do governo para importância de agilizar a reforma agrária.

- Nossa idéia é garantir o processo de negociação para que o poder público possa dar prioridade e acelerar a reforma agrária - disse.

Nesta segunda-feira, a meta de 19 ocupações foi atingida. As ocupações mobilizaram mais de 2.600 famílias. A maior delas, no município de São Lourenço da Mata, a 22 quilômetros da capital, movimentou 600 lavradores que invadiram o engenho São João, pertencente à Usina Tiúma, do Grupo Votorantim. A fazenda Pitombeira, de mil hectares, localizada no município de Vertentes, a 165 quilômetros da capital, foi a primeira propriedade a ser ocupada.

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