O governador Roberto Requião (PMDB) ainda não definiu data para anunciar como ficará sua equipe de secretários no novo mandato. Somente na semana que vem ele deve promover as poucas mudanças nos postos do primeiro escalão.
Requião tomou posse na segunda-feira e, logo em seguida, foi para Brasília acompanhar a posse do segundo mandato do presidente Lula. Voltou somente ontem e passou a tarde despachando com o secretário-chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro.
Entre os despachos de ontem, está a nomeação da jornalista Marisa Vilela para a direção do Teatro Guaíra. Mas esta é a única novidade desde a posse. "Ele (Requião) disse que não vai haver nenhum anúncio nesta semana", disse Iatauro.
Quando Requião foi reeleito, criou a Assessoria Especial para Assuntos de Curitiba, que tem no comando Doático Santos. No dia da posse, para cumprir protocolo, renomeou o secretário-chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro; da Casa Militar, tenente-coronel Anselmo de Oliveira, e da Justiça, Jair Braga. A expectativa era de que ontem, com volta de Brasília, o governador anunciasse as outras mudanças, já que, segundo assessores próximos, está praticamente tudo definido.
Aliado
A direção do PT, partido que deve ter de dois a três nomes na equipe de Requião, ainda não recebeu confirmação se vai mesmo ocupar secretarias, quantas e quem serão os titulares. A expectativa é de que o PT fique com as secretarias do Planejamento, com Ênio Verri; do Trabalho, com Elton Velter, e pode vir a ter o titular da Secretaria da Agricultura, com Valter Bianchini. O PT é o único partido aliado que deve compor o governo.
Dentro do PMDB, Requião precisa fazer alguns ajustes para acomodar aliados. Precisa conseguir que dois deputados federais assumam postos no Poder Executivo para que os suplentes Marcelo Almeida e André Zacharow assumam as cadeiras na Câmara Federal. Para isso, Max Rosenmann é cotado para ocupar a Secretaria dos Transportes. O deputado federal Reinhold Stephanes está em campanha para o Ministério da Saúde e tem o apoio de Requião.
Outra acomodação necessária é a do deputado estadual não reeleito Rafael Greca. Ele pode ocupar a Cohapar, mesmo com resistências da ala mais antiga do PMDB.
Um dos secretários atuais que parece ter certeza que permanece na equipe do governo é Luiz Fernando Delazari. Ele pediu renovação de sua licença no Ministério Público e, na terça-feira, assumiu a presidência do Colégio Nacional dos Secretários de Segurança Pública (Consesp). Delazari era vice-presidente do colégio e, com a saída do secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, Francisco Glauberto Bezerra, assumiu a presidência, como prevê o regimento. Ao tomar posse, mostrou planos para a pasta. "Espero poder contar com os novos secretários e os que permanecerem no cargo para discutir as questões de segurança pública no país. A segurança pública é uma prioridade que precisa ser tratada com muita seriedade por todos", disse Delazari.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura