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Painel

Mudança sem trauma

O Planalto alinhava a saída de Antônio Palocci da Fazenda em abril para assumir a coordenação da campanha de Lula à reeleição e ser candidato a deputado federal por SP. Deve ser o puxador de votos do partido no estado, a exemplo do que ocorreu com José Dirceu em 20002. Sintonia fina – Os ajustes a serem feitos relacionam-se à escolha do sucessor de Palocci e ao grau de resistência no PT ao nome do ministro na coordenação. Palocci quer responsabilidade direta pela indicação do sucessor e mede o barulho que os petistas críticos da política econômica farão. Bigode de molho – Nome cotado para assumir a Fazenda durante recente crise de Lula e Palocci, Mercadante não é aceito como substituto pelo grupo que está na ministério. "Se o deixarem sentar naquela cadeira, ele não levanta tão cedo", resume um interlocutor da equipe de Palocci. Mão de Maquiavel – No PT, há quem veja algo por trás da escolha de Palocci para a coordenação. Lula o tiraria da Fazenda sem traumas e poderia fazer inflexão à esquerda na política econômica num eventual segundo mandato. Aloízio Mercadante passaria a ter chances reais de ir para a pasta. Fora do páreo – Orestes Quércia conversou recentemente com Fernando Henrique Cardoso. Disse ter ouvido do ex-presidente que ele não pretende disputar o governo de São Paulo neste ano. Manancial de CPIs – O susto com a CPI das Privatizações ofuscou mais três CPIs criadas por Aldo Rebelo: contratos da Anatel, ações do MST e irregularidades no registro nacional de veículos (Renavam). Cheira a fraude – Na lista que supostamente indicaria repasses de Furnas a candidatos nas eleições de 2002 consta como deputado eleito o tucano Luiz Paulo Velloso Lucas, que não estava na disputa. New York, New York – A ex-assessora Camilla Amaral, descoberta por conta da CPI e que posou nua, está em Nova Iorque para 40 dias de cursos de fotografia e de inglês.

Concorrência acirrada – A CPI dos Correios acha que está perdendo a corrida por resultados que trava com a investigação conduzida pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando. O inquérito do MPF está bem mais adiantado do que as investigações do Congresso. Caixa de Pandora – Parlamentares da CPI foram informados que os ex-tesoureiros Emerson Palmieri (PTB) e Jacinto Lamas (PL) e o assessor João Cláudio Genu (PP), contemplados com o benefício da delação premiada, estão abrindo o jogo para o procurador. Plano B – Conformados com a inclusão de Eduardo Azeredo (MG) no relatório final da CPI dos Correios, os tucanos vão trabalhar agora para evitar seu pedido de indiciamento. Argumentam que, conforme a lei, o crime eleitoral do caixa 2 na campanha de 1998 já prescreveu. Fogo amigo – Secretário de José Serra, Walter Feldman (Subprefeituras) reagiu ao uso do programa de TV de Gabriel Chalita em favor de Alckmin na disputa dos presidenciáveis tucanos: "É a desinteligência política em favor dos inimigos. Até porque ele não terá voz na hora da decisão". Mala pesada – Para fechar aliança com o PT, o PL exige acordo também na eleição proporcional em SP. Valdemar Costa Neto quer se beneficiar dos votos de legenda no PT, mas é visto como candidatura difícil de carregar.

TIROTEIO

* Do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) sobre o presidente Lula ter propagandeado eleitoralmente o pagamento da dívida brasileira com o FMI:

– Lula comprou um discurso de campanha e pagou caro. Teria sido melhor para a nação se o presidente tivesse resolvido o problema da dívida interna.

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