As mudanças climáticas ameaçam o Pantanal. O aumento da temperatura na Terra pode alterar o ciclo das águas na região. Além disso, a pesca predatória e o avanço da agricultura colocam em perigo a sobrevivência do ecossistema.
O outono transforma a maior planície alagável do mundo em uma via de mão dupla: as águas começam a ir embora e os animais iniciam a marcha de volta para casa. Nesta época conhecida como vazante, jacarés e aves pernaltas vivem dias de fartura.
Não precisam ir longe para conseguir o alimento as lagoas esvaziam e os peixes represados viram presas fáceis. É uma armadilha da natureza que ajuda a manter a harmonia da cadeia alimentar.
Os problemas no Pantanal são as ciladas do homem. A pesca predatória e a introdução de peixes exóticos vêm provocando a diminuição de espécies como o pacu. O avanço da agricultura também coloca em perigo um ecossistema considerado único no mundo. Sem equilíbrio
Há ainda uma outra ameaça, distante, mas devastadora: segundo especialistas, dentro de algumas décadas, o aumento da temperatura na Terra pode alterar o ciclo das águas do Pantanal. No lugar do equilíbrio entre cheia e seca, a região sofreria com períodos cada vez maiores de estiagem e a conseqüente redução das espécies.
"A dinâmica natural do Pantanal é de seca e cheia. O aquecimento global deixaria a região mais seca. Com essa alteração do regime da dinâmica hidrológica do Pantanal, você atinge não só as bacias, não só as águas, mas todo conjunto de vida que dela depende", explica a bióloga Michele Sato.
Preocupação
Empresários do turismo também estão preocupados. Em uma feira em Cuiabá (MT), que reuniu centenas de expositores, municípios ribeirinhos, hotéis e entidades de proteção ambiental se uniram para provar aos visitantes que é possível fazer turismo responsável.
"As pousadas, os nossos hotéis e também os visitantes estão conscientizados da necessidade da preservação ambiental, da fauna e flora e acima de tudo da conservação da nossa água que é o fator mais rico do Pantanal", comenta o secretário de Turismo de Mato Grosso, Pedro Nadaf.
O respeito à cultura pantaneira também é um cartão de visitas. A música, o ritmo e até os sabores do Pantanal atraíram 25 mil turistas à região no ano passado. Os empresários trabalham para ampliar o movimento.
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