No meio político paranaense, chamou a atenção os discursos dos dois candidatos à presidência dos Estados Unidos após o anúncio do resultado final das eleições norte-americanas. Tanto o vencedor, Barack Obama, como John McCain, derrotado, conclamaram a população a esquecer as diferenças e a se unirem pelo país. Comportamento muito diferente do adotado pelo governador Roberto Requião logo após se reeleger, em 2006. "Não estou aqui lamentando fatos", disse Requião no discurso de posse, em 2007. E prosseguiu: "São coisas da vida e eu as registro. Certamente, para desagrado de alguns companheiros que chegaram a pedir que eu fizesse um discurso de conciliação, de congraçamento, de paz. É a velha estória de sempre. O mito da cordialidade. O oportunismo da união de todos. Toda vez que se vêem em perigo ou depois de uma derrota, os interesses dominantes a direita, sejamos claros ressurge com a conversa mole da harmonia, da concórdia, somos todos amigos, somos todos irmãos e patranhas da espécie."
Grampos
Apesar de não ter saído do papel, a Comissão Estadual de Investigação (CEI), pedida pelo deputado Fabio Camargo (PTB) para investigar os grampos telefônicos no estado, pode ganhar um apoio de peso. Segundo a assessoria de imprensa da OAB, se a CEI for criada, a instituição vai indicar um representante para acompanhar os trabalhos dos parlamentares.
Obras irregulares 1
Auditores do TCU, deputados federais e senadores estão preocupados com a ação de um grupo de 10 parlamentares da Comissão Mista de Orçamento que podem abrandar a recomendação da Corte de não repassar recursos para 54 obras com irregularidades graves constatadas. Entre elas está a BR-487, na Região Noroeste do Paraná.
Obras irregulares 2
O temor é que os aspectos técnicos apontados pelo Tribunal em obras superfaturadas ou com vícios na licitação sejam contornados em decorrência da pressão das empreiteiras responsáveis pelos projetos ou diante de motivações políticas. Para o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) "será um escândalo se o comitê contrariar casos de obras comprovadamente irregulares".
Desafio
O líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), rompeu o silêncio dos últimos dias e partiu para o ataque ao projeto de reforma tributária do governo do Paraná. O deputado duvidou que o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), consiga sustentar por mais 30 dias a proposta. "A opinião pública está se levantando contra", diz Rossoni, que considera a reforma "mal empacotada" porque ninguém sabe os reflexos do pacote.
Ciumeira
A circulação ontem de um jornal com as obras que Luiz Cláudio Romanelli teria levado aos municípios de sua base eleitoral despertou a ira dos colegas de bancada. Teve deputado que ameaçou rasgar parte dos 30 mil exemplares coloridos questionando se o governador era Romanelli ou o Requião.
Campeão
Os ânimos andam exaltados na bancada peemedebista depois da eleição, na qual deputados mediram forças para eleger seus candidatos a prefeito. Romanelli está na linha de fogo e foi apelidado pelos "colegas" de "MST da política". Antes, o título nesta modalidade invadir bases eleitorais de outros políticos era de Alexandre Curi, Nereu Moura e Caíto Quintana.
Mea-culpa
Em discurso sobre os 20 anos da Constituição, ontem no Congresso, o presidente Lula disse que ela não é perfeita, mas permitiu a consolidação da democracia e pôs fim aos textos que representavam interesses da minoria. O presidente ao admitir a importância do novo texto, relembrou discussão entre congressistas. "Nós do PT, naquela época, votamos contra o texto."
Revogado
A Justiça revogou a liminar que determinava o afastamento do prefeito reeleito de Uberaba, Anderson Adauto, do cargo. A decisão foi dada ontem. O ex-ministro responde a uma ação civil pública movida pela promotoria de Defesa do Patrimônio Público, que questiona a legalidade do contrato de R$ 15 milhões assinado pelo município com a empresa Home Care Medical.
Pinga-fogo
"Vamos dar alegria para essa torcida". A frase é do deputado estadual Alexandre Curi (PMDB) que junto com o presidente Nelson Justus (DEM), decidiu alugar 3 ônibus para levar a torcida dos Fanáticos para assistir ao jogo do Atlético no sábado em Florianópolis. Os parlamentares alegam que o dinheiro saiu do bolso deles.
Deixe sua opinião