Capitã Carla Borges se formou na Academia da Força Aérea Brasileira em 2006.| Foto: Alexandre Manfrim/Força Aérea Brasileira

Depois de dez anos de estudos, a capitã da Força Aérea Brasileira (FAB) Carla Borges tornou-se no ano passado a primeira mulher a pilotar um avião presidencial no Brasil. A primeira viagem foi realizada por ela no dia 23 de dezembro de 2016, levando o presidente Michel Temer (PMDB) de Brasília à São Paulo.

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“Quando eu me formei na Academia em 2006 eu fui para Natal e fiz o curso de caça. Eu estava na aviação de caça até 2014, quando vim para Brasília. Em 2016 eu fiz o curso do Airbus. Foram praticamente dez anos de estudo desde que me formei, muito preparo”, diz Carla.

No curso de aviação de caça, realizado entre 2007 e 2014, ela foi a primeira mulher a fazer um voo solo no caça AMX.

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Capitã Carla Borges a bordo de um AMX da FAB. 

Carla fez parte da primeira turma de mulheres aviadoras da Academia da FAB, em 2003. “A gente ingressou em 2003, foi o primeiro ano que teve mulher fazendo o curso de pilotos. No começo teve um pouco de estranheza porque eles não estavam adaptados com mulheres realizando o mesmo tipo de atividades. Mas desde o começo sempre tivemos muito apoio, tanto dos colegas de turma quanto dos mais antigos. Nós sempre fomos tratadas como qualquer outro piloto da turma”, conta a capitã.

Atualmente, a FAB contabiliza, em todos os setores, cerca de 11 mil mulheres, 16% do efetivo total.

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A paixão pela aviação vem desde a infância, segundo a capitã. “Eu era aquela criança que olhava para o céu com os olhos brilhando todas as vezes que via uma aeronave passando. É uma paixão que eu sempre tive, e um sonho que eu sempre corri atrás e me dediquei muito para realizar”, explica.

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Para chegar a pilotar o avião presidencial, Carla precisou de muita dedicação e estudo. O caminho, segundo ela, não é fácil e é preciso fazer sacrifícios.

“É necessário muito preparo. Todos os pilotos se dedicam muito, preparam muito a missão porque o grau de responsabilidade de estar levando a maior autoridade que temos no país é muito grande”, explica.

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“A gente acaba às vezes se afastando dos amigos, da família, para se dedicar e fazer o melhor que pode no trabalho”, completa.

Para alívio da capitã, ela nunca enfrentou nenhuma situação de risco nas alturas enquanto pilotava. “Mas a gente se prepara muito para qualquer tipo de adversidade. Se acontece alguma coisa, os pilotos estão aptos para agir da maneira mais rápida e segura possível. Esse é um dos principais planos que nós fazemos”, conta.

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