A visita oficial do príncipe japonês Akishino, que estava acompanhado da princesa Kiko trouxe à Câmara nesta quinta-feira (5) a jornalista Cláudia Cruz, mulher do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cláudia Cruz, assim como Cunha, segundo o Ministério Público da Suíça e o Ministério Público brasileiro figura como uma das beneficiárias de contas secretas na Suíça. Além de participar da sessão solene em Homenagem aos 120 anos do tratado de amizade e relações diplomáticas entre o brasil e Japão, Cláudia Cruz acompanhou a despedida da comitiva, percorrendo o tapete vermelho ao lado da princesa Kiko até a rampa do Congresso.
Cunha estava ao lado do príncipe Akishino e outros integrantes da comitiva. Quando estavam na rampa, cerca de 20 manifestantes pró-impeachment que ocupam o gramado do Congresso aproveitaram para gritar e cobrar de Cunha o acolhimento do pedido contra a presidente Dilma. Embora fossem poucos, estavam com megafone e gritavam: “Acolhe Cunha, acolhe Cunha!”.
Depois que a comitiva japonesa foi embora, Cunha e a mulher Cláudia retornaram junto ao interior do Congresso. No Salão Verde, Cunha foi para seu gabinete e a jornalista desceu as escadas rumo à chapelaria. Ao jornal O Globo ela disse que não falaria sobre as contas secretas no exterior. Indagada se tinha ficado constrangida de participar da solenidade desta manhã, Cláudia fez limitou-se a responder: “Eu estou indo”.
Relatório do Ministério Público suíço mostra que Cunha e usou contas secretas na Suíça para pagar faturas de cartões de crédito internacional e despesas pessoais da mulher e da filha na Inglaterra, na Espanha e nos Estados Unidos, entre outros países. Entre os gastos estão até pagamento de US$ 59,9 mil para a IMG Academies, de Nick Bollettieri, famoso professor de tênis em Palm Beach, na Flórida.