A capixaba de Santa Maria de Jetibá, Região Serrana do Espírito Santo, que teve o útero retirado por erro médico durante procedimento cirúrgico no dia 17 de março foi submetida a uma nova bateria de exames na manhã desta segunda-feira. A lavradora Maria Helena Zibell, de 29 anos, teve sangue colhido para um hemograma e fez uma ultra-sonografia em uma clínica particular do município. Ela reclama de fortes dores abdominais. A vítima pretende ingressar na Justiça contra o hospital onde foi realizada a operação.

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Os testes foram custeados pelo diretor do hospital onde a jovem teve o útero retirado indevidamente, Jair Bergamaschi. Segundo ele, as dores que a lavradora sente são comuns ao pós-operatório. No entanto, a família e a vítima insistiam para que fossem realizados os exames. Bergamaschi garantiu que um processo administrativo já foi instaurado pela diretoria para investigar o ocorrido.

A lavradora teve o útero retirado durante uma cirurgia que, na verdade, era para retirar uma fístula no ânus. A jovem foi operada na Fundação Hospitalar Beneficente Concórdia, no dia 17 de março. A técnica em enfermagem Leonor Ferreira, que foi suspensa pela diretoria da unidade, teria trocado o nome da cirurgia, confundindo histerectomia (retirada do útero) com fistulectomia (retirada da fístula).

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O cirurgião Lourival Berger, que realizou o procedimento equivocado, teria atendido Maria Helena três semanas antes da cirurgia e diagnosticou a fístula que teria que ser retirada. Mesmo assim, na hora da cirurgia, ele não lembrou do caso nem conferiu se o nome fixado no quadro do hospital, que também indicava que tipo de cirurgia deveria ser feita na paciente, estava correto.