Cerca de 1.300 mulheres da Via Campesina, a maioria organizada pelo MST, realizaram na manhã desta terça-feira quatro ocupações de terras no Rio Grande do Sul. As ações fazem parte das atividades das mulheres do movimento durante a semana do 8 de março, Dia da Mulher. O lema das mobilizações deste ano é "Mulheres Camponesas na Luta por Soberania Alimentar, contra o Agronegócio".
No Rio Grande do Sul, as mulheres ocuparam áreas de empresas que tem monoculturas de árvores para denunciar que o "deserto verde" está impedindo a reforma agrária e inviabilizando a agricultura camponesa. Foram ocupadas áreas da Aracruz em Santana do Livramento, da Votorantim em Candiota, da Stora Enso em São Francisco de Assis (na divisa com Manoel Viana) e da Boise em Eldorado do Sul, região metropolitana de Porto Alegre.
Juntas, essas quatro empresas têm mais de 200 mil hectares de terras no Rio Grande do Sul, o suficiente para assentar 8 mil famílias gerando trabalho, renda e dignidade no campo, segundo a Via Campesina . Os movimentos que fazem parte da Via Campesina denunciam que o deserto verde está tomando conta das terras gaúchas e só quem colhe lucro são essas empresas. Para a sociedade, o que tem aumentado é a seca, os prejuízos ambientais, o desemprego e a pobreza no campo, advertem.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião