Cerca de 1.300 mulheres da Via Campesina, a maioria organizada pelo MST, realizaram na manhã desta terça-feira quatro ocupações de terras no Rio Grande do Sul. As ações fazem parte das atividades das mulheres do movimento durante a semana do 8 de março, Dia da Mulher. O lema das mobilizações deste ano é "Mulheres Camponesas na Luta por Soberania Alimentar, contra o Agronegócio".

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No Rio Grande do Sul, as mulheres ocuparam áreas de empresas que tem monoculturas de árvores para denunciar que o "deserto verde" está impedindo a reforma agrária e inviabilizando a agricultura camponesa. Foram ocupadas áreas da Aracruz em Santana do Livramento, da Votorantim em Candiota, da Stora Enso em São Francisco de Assis (na divisa com Manoel Viana) e da Boise em Eldorado do Sul, região metropolitana de Porto Alegre.

Juntas, essas quatro empresas têm mais de 200 mil hectares de terras no Rio Grande do Sul, o suficiente para assentar 8 mil famílias gerando trabalho, renda e dignidade no campo, segundo a Via Campesina . Os movimentos que fazem parte da Via Campesina denunciam que o deserto verde está tomando conta das terras gaúchas e só quem colhe lucro são essas empresas. Para a sociedade, o que tem aumentado é a seca, os prejuízos ambientais, o desemprego e a pobreza no campo, advertem.

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