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As mulheres brasileiras, apesar da maior escolaridade, recebem salários em média 30% menores do que os homens. A informação consta do estudo Sistema Nacional de Informações de Gênero com base no Censo de 2000, divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para os técnicos do IBGE, a relação desigual poderia ser explicada, em parte, pela maior inserção das mulheres no setor de serviços e em ocupações de baixa remuneração e qualificação.

As áreas onde as mulheres recebem menos que 70% do rendimento masculino estão concentradas nas regiões centro-oeste, sudeste e sul do país. A maior igualdade de rendimentos, segundo o IBGE, foi observada no Norte e Nordeste, em função do salário ser menor nessas áreas, tanto para homens como mulheres.

O mesmo panorama pôde ser verificado na análise por raça. A desigualdade de rendimentos entre brancos e negros ou pardos é mais expressiva nas regiões sul, sudeste e parte da centro-oeste, e menor na norte e nordeste.

De acordo com o Censo 2000, em todas as regiões os negros e pardos recebem menos que os brancos, um diferencial que poderia chagar a quase 60%. No caso de mulheres negras o Sistema Nacional de Informações de Gênero constatou que "o quadro é ainda mais perverso, pois elas são alvo de dupla discriminação".

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